Lide sugere que processo de negociação sobre tarifas com EUA seja conduzido por Alckmin
O vice-presiente foi apontado como a melhor representação do governo brasileiro para fomentar o diálogo com os EUA
O Lide, Grupo de Líderes Empresariais, sugere, em nota, que o processo de negociação com os Estados Unidos a respeito da política tarifária seja conduzido pela liderança direta do vice-presidente Geraldo Alckmin, acompanhado por um "grupo qualificado de executivos e representantes do setor privado brasileiro, reconhecidos por sua experiência internacional e ampla representatividade setorial".
O Broadcast já havia mostrado mais cedo que, durante reunião do Lide nesta sexta-feira, o nome de Alckmin foi apontado como a melhor representação do governo brasileiro para fomentar o diálogo com os EUA.
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Segundo a instituição, o "contexto desafiador imposto pelas recentes medidas protecionistas e o aumento de tarifas anunciados pelo presidente Donald Trump" faz com que seja essencial reforçar o diálogo construtivo e pragmático entre os dois países. "Acreditamos que a construção de soluções negociadas, com base no interesse mútuo, seja o melhor caminho para superar tensões comerciais e criar novas oportunidades econômicas", acrescenta.
O grupo de empresários também propõe "avaliação de possíveis reduções tarifárias e não tarifárias, a rápida conclusão de acordos bilaterais em matéria tributária, especialmente relacionados à Regra 301, além do incentivo à integração produtiva setorial e ao fortalecimento das cadeias de valor compartilhadas pelos dois países".
Além de reuniões institucionais com representantes do Executivo americano, o Lide recomenda também que sejam realizadas reuniões adicionais com entidades estratégicas como a US Chamber of Commerce e o Brazilian Caucus no Congresso americano, fortalecendo canais institucionais e parlamentares necessários para a consolidação de uma agenda positiva duradoura.
"Estamos convictos de que a cooperação econômica, o diálogo aberto e as relações bilaterais fortalecidas trarão benefícios concretos tanto para empresas brasileiras quanto americanas, resultando em maior competitividade, geração de empregos e crescimento sustentável em ambos os países", disse o grupo, em nota.

