Sáb, 06 de Dezembro

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PRESIDENTE DO BRASIL

Lula grava pronunciamento sobre tarifaço de Trump e tenta ampliar alcance de mote da "soberania"

Filmagem ocorreu nesta quarta-feira no Palácio da Alvorada

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou pronunciamento à nação sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. A filmagem ocorreu nesta quarta-feira no Palácio da Alvorada e deve ser exibida na noite desta quinta-feira (17).

Há uma semana, o presidente americano Donald Trump anunciou sobretaxa de 50% sobre importações de produtos brasileiros. Desde então, o Planalto passou a reforçar o discurso de soberania e nacionalismo.

Lula determinou a criação de um grupo de trabalho de diálogo com empresários brasileiros e americanos. Auxiliares do presidente a par do conteúdo do pronunciamento afirmam que o presidente deve reforçar que o Brasil é um país soberano com instituições independentes.

O petista também deverá dizer que o país que não aceitará ser tutelado por qualquer nação.

Há expectativa que Lula também cite que o processo judicial contra implicados na trama golpista seja competência apenas da justiça brasileira, sem ingerência ou ameaça que interfira nas instituições nacionais.

Lula também deve reforçar estatísticas que comprovam o superávit dos Estados Unidos no comércio de bens e serviços com o Brasil que, de acordo com governo, é de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos.

A possiblidade de um pronunciamento a nação vem sendo discutida desde o dia em que Trump anunciou o tarifaço. O entorno de Lula, no entanto, decidiu aguardar até o momento em que o presidente pudesse anunciar a reação do governo a sobretaxa e tivesse o discurso alinhado contra a medida americana.

Lula gravou pronunciamento no dia em que pesquisa Quaest revelou que 72% dos entrevistaram demonstraram que Trump está errado em adotar o tarifaço. Outros 19% concordam com a decisão do presidente americano, enquanto 9% não souberam ou optaram por não responder.

O mesmo levantamento mostrou avanço na popularidade de Lula de 40% para 43% entre maio e julho.

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