Qui, 11 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
PARTIDO

Lupi orienta voto do PDT contra PEC da Blindagem após bancada do partido na Câmara apoiar medida

Posição de deputados diverge de senadores pedetistas

Ex-ministro da Previdência Social, Carlos LupiEx-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi - Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse, em nota publicada nas suas redes sociais, que o partido é contrário à PEC da Blindagem. Na semana passada, no entanto, a maioria da bancada da legenda na Câmara foi favorável à medida, aprovada com um placar de 353 votos a favor e 134 contra em primeiro turno.

A proposição, no entanto, deverá enfrentar resistências no Senado, onde dois terços dos parlamentares tendem a contestar o texto, segundo uma enquete feita pelo Globo.

No comunicado, Lupi afirmou que o PDT "encaminha voto contrário" à PEC e justificou sua posição, na legenda do post, ao dizer que a proposta "não protege prerrogativas legítimas". "Voto secreto para a investigação de parlamentares e ampliação do foro privilegiado são privilégios inaceitáveis que favorecem a impunidade". O presidente também orientou voto contrário à proposta de anistia, acrescentando que "perdoar ataques à democracia é normalizar tentativas de golpe".


A posição foi seguida na última quinta-feira durante a votação da urgência do projeto na Casa, quando integrantes da bancada rejeitaram, de maneira unânime, o texto que poderá prever a redução das penas dos envolvidos no 8/1, de acordo com o que tem sinalizado o relator, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

O mesmo não aconteceu, no entanto, durante a deliberação sobre a PEC da Blindagem: no primeiro turno, do total de 16 deputados pedetistas, 10 votaram pela aprovação, cinco foram contra e foi registrada uma ausência. Já no segundo turno, foram nove votos favoráveis, três contrários e quatro ausências. Em um grupo de WhatsApp entre integrantes da bancada, cujas mensagens foram divulgadas pelo portal de notícias Metrópoles, também circularam orientações para que os deputados apoiassem a proposição.

Já no Senado, para onde o texto foi encaminhado em seguida, os três senadores que representam o partido, tendem a se manifestar contra a medida, assim como a maioria dos parlamentares, como mostrou a enquete feita pelo GLOBO.

O cenário, no entanto, não foi a primeira divergência entre as duas bancadas da legenda no Congresso envolvendo Lupi. Em maio, ele deixou o comando do ministério da Previdência, em meio à crise provocada pelas fraudes do INSS, e, em resposta, a liderança do partido na Câmara, exercida pelo deputado Mário Heringer, anunciou o desembarque do grupo da base do governo. No Senado, no entanto, parlamentares optaram por manter a aliança firmada junto à gestão Lula.

Veja também

Newsletter