Moraes nega pedido de Bolsonaro para mudar data da visita de Carlos para dia do aniversário do filho
Vereador estava autorizado a ir à PF nesta quinta, mas solicitou remarcação para domingo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de mudança de data da visita do vereador Carlos Bolsonaro ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Carlos está autorizado a visitá-lo nesta quinta-feira, mas pediu uma remarcação para domingo, quando faz aniversário. Moraes argumentou, no entanto, que as visitas precisam seguir as regras da PF, que hoje permite os encontros às terças e quintas-feiras pela manhã
"Tais regras são obrigatórias e destinadas a garantir a segurança de todos na Superintendência da Polícia Federal, não cabendo ao custodiado escolher os dias e horários de visitação, uma vez que, encontra-se cumprindo pena privativa de liberdade por condenação penal definitiva", afirmou Moraes na decisão.
Carlos alegou que não poderá comparecer porque já tinha compromissos assumidos e viagem marcada para a última terça, com deslocamento a Chapecó (SC).
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Na petição, a defesa de Bolsonaro afirma que a mudança tem “caráter humanitário” e não altera as condições fixadas pelo relator do caso. Os advogados argumentam que, embora uma portaria da Polícia Federal determine que visitas ocorram preferencialmente às terças e quintas-feiras, o regulamento permite exceções em situações justificadas.
A equipe jurídica sustenta que a alteração não traz prejuízo à organização da superintendência nem à segurança do estabelecimento, ressaltando que a visita coincide com uma “data significativa para pai e filho” e garante a manutenção dos vínculos familiares.
Bolsonaro foi preso preventivamente no último dia 22 após decisão do ministro Moraes, que apontou risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica. Dias depois, o ministro ordenou o trânsito em julgado da ação penal da trama golpista e definiu que Bolsonaro deveria começar a cumprir a pena no prédio da PF. Ele agora cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.

