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PRESIDENTE DA CÂMARA

Motta rebate crítica de Lira sobre Câmara ser uma "esculhambação": "Cada um tem sua forma de agir"

Motta procurou minimizar as declarações

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo MottaPresidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta - Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rebateu nesta sexta-feira (19) as críticas feitas por seu antecessor no cargo, Arthur Lura (PP-AL), após o episódio em que o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) não foi cassado.

O centrão teve de recuar do plano de cassar o psolista após perceber que não teria votos suficientes para cassar o parlamentar. Para evitar desgatar Motta junto ao plenário, aliados do deputado passaram a atuar pela suspensão por seis meses de Glauber, movimento que contrariou Lira.

No grupo de deputados do PP, o ex-presidente da Câmara chegou a dizer que a gestão da Casa “é uma esculhambação” e falou também a aliados que Motta “está perdido e foi humilhado”. Glauber é desafeto de Lira.

Nesta sexta, Motta procurou minimizar as declarações e disse que "cada um tem seu jeito de agir". Lira foi um dos principais fiadores da candidatura de Motta à presidência da Casa, mas desde que o aliado assumiu o comando da Câmara a relação dos dois esfriou.

"Sempre tive uma relação de muita amizade, desde quando eu cheguei aqui em Brasília, com o deputado Arthur Lira. Não concordo com as críticas, eu também não sei se foi tirado de contexto o que ele disse. Sigo com muita tranquilidade fazendo o que eu entendo que é certo. É natural que haja discordância, cada um tem seu estilo, sua forma de agir, se comportar, sua maneira de tomar decisão. Da mesma forma que eu discordo de alguém, também acho natural que discordem de mim. Mantenho essa relação de amizade e respeito com o deputado Arthur", disse Motta, que participou nesta manhã de um café com jornalistas.

Ao falar sobre o projeto de lei da Dosimetria, que foi aprovado pelo Congresso e reduz penas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros envolvidos em atos golpistas, Motta disse que vai aguardar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ações que tramitam no STF que pedem a derrubada do projeto. Lula já disse que vai vetar a medida.

"A Câmara dos Deputados aguardou o Supremo concluir os julgamentos. O Congresso aprovou a possibilidade de essas pessoas acionarem o Judiciário para reivindicar a revisão das penas. É importante ressaltar que o próprio Judiciário vai analisar isso, não será automático A lei sendo validada, vamos aguardar a decisão do presidente da República para ver se avançamos no que considero a melhor alternativa para a pacificação", disse.

"Dependendo da decisão do presidente, vamos reunir os líderes. Quem pauta veto é o presidente do Senado. Ainda não conversei com o senador Davi sobre essa posição, nem com o presidente Lula", também declarou.

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