Por que Bolsonaro não foi para a Papuda?
Prisão deste sábado não é ainda o cumprimento da pena pela condenação na trama golpista
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado na manhã deste sábado por um comboio de agentes da Polícia Federal até a Superintendência da corporação, em Brasília. Horas antes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após o filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), convocar uma vigília no condomínio do pai.
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A prisão tem caráter preventivo, não sendo ainda o início do cumprimento da pena pelo envolvimento na trama golpista. O ex-presidente vai ficar em uma sala de estado, espaço reservado para presidentes da República e outras altas figuras públicas. Bolsonaro passou por exame de corpo de delito, que terminou por volta das 7h12.
Defesa havia pedido desde a quinta-feira que fosse cumprida prisão domiciliar humanitária, por motivos de saúde, já que Bolsonaro sofre de várias comorbidades. Um dos locais na penitenciária que podem abrigar o ex-presidente é o 9º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, local conhecido como "Papudinha". A unidade policial já recebeu ex-ministro Anderson Torres, o ex-vice-governador do DF Benedito Domingos e o ex-secretário de Saúde Francisco Araújo.
Nesta semana, uma comitiva de quatro senadores foi o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, diante da possibilidade de o ex-presidente vir a cumprir pena na unidade. A comitiva disse que pretende elaborar um relatório com as observações feitas durante a diligência.
Jair Bolsonaro foi preso por determinação de Alexandre de Moraes, que determinou que a prisão fosse realizada "no período da manhã, respeitando a dignidade do ex-presidente, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática", de acordo com nota do colunista Lauro Jardim.

