Logo Folha de Pernambuco

Política

PSB busca unidade em congresso

A sigla deve aprovar posicionamento crítico ao governo do presidente Michel Temer e de aproximação com o campo da centro-esquerda

Carlos Siqueira é presidente do PSBCarlos Siqueira é presidente do PSB - Foto: Divulgação

Em meio a ruídos entre o grupo ligado ao governador Paulo Câmara e o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o PSB deverá eleger os membros do Diretório e da Executiva nacionais a partir de um consenso. A expectativa é que todos sejam reconduzidos aos cargos por unanimidade durante o Congresso da sigla, que começa amanhã e vai até sábado, em Brasília.

Para acertar os últimos detalhes da reeleição, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reuniu, na última terça-feira, o núcleo duro da Executiva a portas fechadas. Paulo Câmara, que é vice-presidente e estava na capital federal para abonar as filiações dos deputados federais Aliel Machado e Alessandro Molon, participou da conversa.

"Depois de tantas especulações de que estava dividido, o partido chega unido para reeleição do Carlos Siqueira. O partido chega unido dentro de propostas avançadas, com posicionamento clara e contra como o Brasil está sendo administrado. Isso vai ser debatido e colocado no Congresso", comentou Paulo Câmara - que quer uma aliança com o PT, enquanto que Márcio França defende o PSB no palanque do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo ele, o posicionamento de Centro-Esquerda já está definido e o tema será discutido no evento do PSB. No fim do ano passado a Executiva decidiu marchar com partidos deste campo, embora algumas correntes da sigla quisessem a candidatura própria e outras, o apoio a Alckmin.

De olho na recondução ao comando da legenda, nos últimos meses, Carlos Siqueira buscou a unidade entre os membros. Para buscar a conciliação com os mais "resistentes" ao caminho político do partido, Siqueira compareceu a um almoço de apoio à candidatura ao Governo de São Paulo de Márcio França, na quinta passada, na capital paulista. França conseguiu reunir quase a totalidade da bancada federal e outros socialistas. Ele, que antes pleiteou a presidência da sigla em desfavor de Siqueira, teria aceitado reeleição.

Já no ano passado, o PSB manobrou para a saída de dissidentes, que estavam do lado de França. Na época, Carlos Siqueira entregou uma carta com a garantia de que não iria reclamar o mandato dos parlamentares socialistas favoráveis ao Governo Temer, desde que eles se desfiliassem do partido. No bolo, foram nomes como o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido).

Programação
Hoje, os socialistas representantes dos diversos segmentos do partido, como o de mulheres, negritude e LGBT, debaterão, das 9h às 17h, suas questões. A partir das 19h haverá um ato político e cultural com homenagens ao escritor Ariano Suassuna, falecido em 2014, e ao filósofo e ativista político Noam Chomsky.

Amanhã, a programação será dividida em grupos temáticos: harmonização entre política econômica e política social, novas tecnologias e mecanismos de democracia participativa, economia criativa como estratégia de desenvolvimento e conjuntura nacional e eleições de 2018. À tarde, a agremiação fará apresentação e deliberação sobre os relatórios das equipes temáticas. Já o sábado será reservado para a escolha do diretório e da executiva. O conjunto de delegados de cada diretório estadual é quem escolhe os integrantes.

Veja também

TSE aprova envio de tropas federais para três cidades no segundo turno
Eleições 2024

TSE aprova envio de tropas federais para três cidades no segundo turno

Direitos Humanos divulga cartilhas sobre liberdade religiosa
Liberdade religiosa

Direitos Humanos divulga cartilhas sobre liberdade religiosa

Newsletter