Sáb, 13 de Dezembro

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PROJEÇÃO ANTIFACÇÃO

Relator do projeto antifacção no Senado diz que "ruídos" sobre a PF serão resolvidos

Votação contou com resistência da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que agora se prepara para tentar modificar pontos do texto no Senado

Senador Alessandro Vieira, Relator do projeto antifacção no SenadoSenador Alessandro Vieira, Relator do projeto antifacção no Senado - Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), designado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) para relatar na Casa o PL Antifacção, disse nesta quarta-feira, 19, em entrevista à GloboNews que "os ruídos" sobre a Polícia Federal (PF) serão resolvidos no Senado. Ele avaliou que é preciso chegar a um texto "consensual" e que o conteúdo aprovado nesta terça-feira, 18, pela Câmara dos Deputados já está muito próximo do que a PF pretende.

"Vamos entregar um texto apto a ser votado no Senado ainda este mês e, com certeza (com as alterações que serão feitas) deverá voltar à Câmara dos Deputados", adiantou Vieira, que também faz parte do colegiado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado.

A Câmara aprovou o projeto de lei antifacção, nos termos do substitutivo apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) Governistas reclamaram das atribuições da PF e de questões relacionadas ao financiamento da corporação. O texto-base foi aprovado por 370 votos a 110, e a redação final da proposta foi chancelada em votação simbólica. A proposta que cria o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no Brasil vai agora ao Senado, sob relatoria de Vieira.

Após a aprovação na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que no debate sobre o texto "não existiram heróis e vilões". "Políticos podem fazer valer suas narrativas, mas verdadeiro vilão é o crime organizado e o herói é o povo brasileiro", afirmou. Segundo Mota, a Câmara 'faz história' por entregar uma "resposta dura contra criminosos".

A votação contou com resistência da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que agora se prepara para tentar modificar pontos do texto no Senado, especialmente quanto à destinação dos bens do crime para fundos federais. Governistas tentaram adiar a deliberação e votar o projeto original encaminhado à Câmara, mas sem sucesso.
 

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