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PRISÃO

Sala da PF onde Bolsonaro está preso tem cama de solteiro, frigobar e 12 metros quadrados

Espaço fica na Superintendêcia da PF em Brasília

Jornalistas aguardam em frente à sede da Polícia Federal em Brasília, em 22 de novembro de 2025, para onde o ex-presidente Jair Bolsonaro havia sido transferido.Jornalistas aguardam em frente à sede da Polícia Federal em Brasília, em 22 de novembro de 2025, para onde o ex-presidente Jair Bolsonaro havia sido transferido. - Foto: Evaristo Sa / AFP

A sala onde o ex-presidente Jair Bolsonaro será mantido preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília tem cerca de 12 metros quadrados, cama de solteiro e frigobar.

O espaço, usualmente destinado a custodiados sob responsabilidade direta da PF, foi preparado para receber o ex-mandatário após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou sua prisão preventiva diante do risco de fuga e da violação da tornozeleira eletrônica.

Após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente foi levado neste sábado para uma sala na Superintendência do Distrito Federal da Polícia Federal, onde ficará preso preventivamente.

O local passou por uma reforma recente, após a possibilidade de Bolsonaro ser preso preventivamente por descumprir ordens do Supremo.

A sala passou a contar com banheiro privado, cama, cadeira, armário, escrivaninha, televisão, frigobar e ar-condicionado.

Tem características parecidas com a sala onde ficou detido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência da PF em Curitiba. Na época, o petista cumpria pena de 12 anos por condenação no caso do tríplex do Guarujá (SP), que depois foi anulada pelo Supremo.

A legislação brasileira prevê que autoridades com prerrogativa de função, como ex-presidentes, tenham direito a espaço compatível com a chamada "sala de Estado-Maior". Essa medida busca assegurar condições dignas e evitar riscos à integridade física do preso.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe após as eleições de 2022 e cumpria prisão domiciliar preventiva desde agosto.

Outro ex-presidente que passou quatro dias numa cela na PF foi Michel Temer, na Superintendência do Rio de Janeiro. Na época, ele foi preso após a Operação Descontaminação, um desdobramento da Lava-Jato no Rio.

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