Dom, 21 de Dezembro

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CICLO JUNINO

Mais de 50 cantores entoam na Rádio Folha; ouça entrevista com Flávio José

O forrozeiro Flávio José faz parte do grupo que vai manter o clima junino do ouvinte até o fim de junho

Flávio JoséFlávio José - Foto: cantor, forrozeiro

Com a recomendação para que os festejos juninos sejam em casa, mantendo-se o isolamento social, a programação da Rádio Folha 96,7 FM, com 100% de forró pé-de-serra, está garantindo aos ouvintes a animação desse período junino diferente. São mais de duas mil músicas nestes 30 dias de festejos do mês. Este espaço, além de agradar ao ouvinte, também tem sido uma forma de divulgação das lives que vários forrozeiros estão produzindo, como forma de manter a aproximação com seu público. O cantor Flávio José, que está em isolamento há cerca de 60 dias em sua casa na cidade paraibana de Monteiro, conversou com Patrícia Breda, sobre esse momento de pandemia e o reflexo para o artista e toda a cadeia de produção cultural. [Ouça a entrevista abaixo ao fim do texto]

Flávio José tem mais de tinta anos de carreira, com oito LPs e 23 CDs, e sucessos como “Meu Cenário”, “Mala e Cuia”, “Me Diz, Amor”, “Tareco e Mariola”, “Anjo Querubim”, “Espumas ao Vento” e tantas outras. Durante as festas de junho, ele conta que era disputado para participar de shows de prefeituras por todo Nordest como um dos ícones do forró. Com a pandemia, ele defende ser preciso se adaptar aos novos tempos, mas se mostrou preocupado com continuidade desse estilo musical, porque, segundo o artista na atualidade está sendo difícil para os novos talentos conseguirem seu espaço. “Se não tiverem já trabalhos consolidados, não têm chance, e assim já vi muita gente boa jogar a toalha por falta de apoio". Para Flávio José, a culpa é dos empresários dos grandes eventos, que não valorizam novos artistas. “A gente olha pra trás e não vê ninguém para substituir os grandes nomes do pé-de-serra. Existem outros interesses. Se o cara não está na mídia ou tem música estourada, não consegue espaço”, desabafou.

Para o cantor, é preciso manter a identidade cultural e isto não depende só do artista. "Este ano nunca vi tanta procura para gravar entrevistas e vídeos, acho que deve ser o efeito pandemia, mas espero que, quando tudo passar, no próximo ano, nossa música nordestina vá ficar. Embora não acredito. Haja vista que, mesmo no São João, emissoras de rádio e TV utilizam, em toda a região, determinados artistas que nem são do forró representando o ritmo. A Rádio Folha é em uma das poucas exceções, na valorização do forró o ano todo", destacou ele. 

Lives
Flávio José também está num dos vários especiais de meia hora com um artista na programação da 96,7 FM até o fim de junho. O cantor pode ser acompanhado nesse dia de São João às 14h ou a qualquer momento na grade de programação. Ele faz uma super live, com quatro outros artistas nessa terça-feira (23) às 17h, pelo canal dele no Youtube. A live começa com os cantores paraibanos Chiquimho de Belém, Natan Vinícius, Henry Freitas e Lara Amélia, antecedendo Flávio José.

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