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O Vadio

A vinícola Vadio é um pequeno e apaixonado projeto familiar situado na aldeia de Poutena, na renomada região da Bairrada, caA vinícola Vadio é um pequeno e apaixonado projeto familiar situado na aldeia de Poutena, na renomada região da Bairrada, ca - Murilo Guimarães

Não, não vou falar “dele”. Nem estou xingando o pinguço, nosso soberano. Se bem que a palavra se enquadra perfeitamente. Vou falar de coisa boa. Você já conhece esses vinhos portugueses? Caso não, lhe apresento.

A vinícola Vadio é um pequeno e apaixonado projeto familiar situado na aldeia de Poutena, na renomada região da Bairrada, centro de Portugal, que fica aproximadamente 200 km ao norte de Lisboa. Fundada em 2005 por Luís Patrão e sua esposa, Eduarda Dias – filha do saudoso Licínio Dias, o Neno – a Vadio tem como missão principal.

Recuperar as castas autóctones da Bairrada e produzir vinhos DOC (Denominação de Origem Controlada) que reflitam a autenticidade da região. Luis, descendente de família apaixonada pela vinicultura, teve experiência de 13 anos no Alentejo, com passagens pelo Esporão e Tapada dos Coelheiros. Aos seus 25 anos, corajosamente, decidiu abrir o próprio negócio.

Precisava de um nome. Um dia passou por cartaz que anunciava uma tourada, cujo touro principal se chamava “vagabundo” – santo Deus, cada vez mais parecido com o pinguço – daí chegando ao provocador nome Vadio.

Já lá se vão 20 anos de muito trabalho (de vadio Luis não tem nada) e sucesso, mundo afora, coroado por várias premiações. Aniversário que foi comemorado também em Recife, com um pequeno grupo de enófilos e a presença do Luis Patrão.

Que nos brindou com a quase totalidade da gama de vinhos que produz. Que vai dos espumantes rosé e Perpetuum, deliciosos, ao top de linha Vadio Rexarte, um possante tinto, de limitada produção. Passando pelo Vadio, branco e tinto, e o Grande Vadio, marcante expressão da casta Baga (rainha da Bairrada). Todos produtos de alto nível.

Como é um vinho, branco e tinto, que Luis elabora, a pedido: o D. Lectícia, que também degustamos lá no evento e em outros privilegiados locais. Aqui o nome assumindo o misto de seriedade e candura da inspiradora, Maria Lectícia, nossa escritora imortal. Segundo o marido, Zé Paulinho, o melhor vinho do mundo. Não discordo, mas eita homem apaixonado! Com toda razão.

Leitor, prestigiem a ótima produção da Vadio Wines, que tem pedigree fortemente pernambucano. Não se arrependerá. Vai encontrá-los em várias lojas e distribuidores, especialmente na LD e Epice. 

Com um Vadio e sem o pinguço – a esperança é a última que morre – tim, tim, brinde à vida.

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