Vereadoras condenam recomendação sobre cultos na Câmara do Recife

Irmã Aimée Carvalho (PSB) é vereadora do Recife - Divulgação

A recomendação do Ministério Público de Pernambuco, para que a Mesa Diretora da Câmara do Recife se abstenha de autorizar a realização da prática litúrgica e de rituais próprios de cultuação religiosa nas dependências, foi alvo de críticas por parte dos integrantes da bancada religiosa.

Enquanto a vereadora Michele Collins (PP) pedirá para realizar uma audiência sobre o assunto nas dependências do Ministério Público de Pernambuco, a companheira de Câmara irmã Aimée Carvalho (PSB) condenou os “vereadores que são contra a presença da Bíblia Sagrada” na Casa de José Mariano.

A socialista citou o Regimento Interno desta Casa para afirmar que, “em seu capítulo II, seção I”, é dito que a Bíblia Sagrada deverá ficar, durante todo o tempo da reunião, aberta sobre a mesa, à disposição de quem dela pretender fazer uso. Este regimento foi aprovado em dezembro do ano passado.

“Lamento que aqueles que foram voto vencido não aceitem as perdas de forma democrática. Perder faz parte da democracia. O Regimento foi aprovado e deve ser respeitado”, disse Irmã Aimée.

A vereadora do PSB disse ter ficado surpresa com a recomendação do MPPE. “O fato de o Estado não ter uma religião pré-definida e obrigatória não o faz uma instituição anticristã, haja vista que vivemos em um País onde temos formação religiosa predominantemente cristã, ainda que tenhamos tantas outras religiões e posicionamentos filosóficos divergentes”, afirmou, na tribuna da Casa.

Na última sexta-feira (21), a também vereadora Michele Collins anunciou que apresentar requerimento direcionado ao Procurador-Geral da Justiça em Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, solicitando a realização de audiência pública nas instalações do MPPE, para debater a liberdade de crença.

“Acredito e respeito o trabalho do Ministério público. Exatamente por isso que precisamos abrir o debate quanto à intolerância religiosa. Mesmo o Estado sendo laico, as pessoas que o fazem também têm o direito de ter e praticar sua fé. Estamos vivendo um momento em nosso país que não podemos retroceder e nem censurar qualquer tipo de prática. A intolerância religiosa no Brasil é um crime de ódio e precisar ser combatida.”, explica Michele.

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