"A gente não quer vaga de vice, queremos a vaga no Senado", diz Augusto Coutinho sobre o Republicanos
Segundo deputado, a prioridade do partido é Silvio Costa no Senado
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O deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos) revelou que a expectativa do partido para as eleições de 2026 é ingressar na chapa do prefeito do Recife, João Campos (PSB), com um candidato para o Senado Federal. A declaração foi dada, nesta quinta-feira (30), em entrevista para a Rádio Folha FM 96,7, em que o parlamentar afirmou que o Republicanos não está interessado na vaga de vice-governador dentro candidatura de Campos.
“A gente [Republicanos] não quer vaga de vice [governador], a gente quer a vaga no Senado, com Silvio Costa Filho. Essa eleição vai ser muito diferente da passada, pois, no meu entender, o candidato vitorioso vai puxar os dois senadores. E eu espero que sejam os senadores do meu candidato, que é o prefeito João Campos. Nós do Republicanos vamos lutar, brigar, pleitear e nos fortalecer para que a gente tenha um lugar na chapa majoritária”, disse Augusto.
De acordo com uma pesquisa sobre as eleições de 2026, publicada pelo Instituto DataFolha ainda nesta semana, o atual Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), aparece com cerca de 9% das intenções de voto para o Senado, colocando-o abaixo de outros nomes que também pretendem integrar a chapa de João Campos, como Marília Arraes (Solidariedade), Miguel Coelho (União Brasil) e Humberto Costa (PT), que já é um dos dois candidatos escolhidos pelo prefeito.
Eleições 2026
Ainda falando sobre o panorama eleitoral para o ano que vem, Augusto Coutinho também comentou sobre a organização do partido para outras candidaturas, como as de deputado.
“O nosso partido está com uma boa chapa de deputado federal, e estamos montando a de deputado estadual, mas acredito que ainda terá uma grande arrumação para o próximo ano. É uma dificuldade para todos, não só para o Republicanos. Tem muitas chapas sendo montadas, e acho que depois elas vão se fundir com outras, [pois] há um processo natural de junção com partidos maiores, de chapas já montadas, com nomes que realmente tenham votos”, afirmou.
“Todos os candidatos têm a responsabilidade de montar as chapas proporcionais de seus partidos, porque o candidato precisa ter a tropa que vai à rua para defender o nome dele, e, portanto, é importante que os partidos que estejam apoiando as chapas sejam notados”, complementou o deputado, que espera ver uma atuação notória do Republicanos nas eleições de João Campos, com apoio mútuo de ambos os lados.
Rio de Janeiro
O parlamentar também aproveitou o espaço da entrevista para se posicionar sobre a atual situação no Rio de Janeiro, que, desde a madrugada desta terça-feira (28), tem visto cenas de guerra, por conta da megaoperação policial contra o tráfico de drogas.
“É um problema de segurança pública em todo o Brasil, [porque] a gente tem uma legislação muito condescendente com o crime. Eu vi o governador [do Rio de Janeiro] se posicionando e achei muito infeliz, pois nem todos que moram na favela estão no crime. Então não dá para a polícia entrar e achar que todo mundo é bandido”, declarou.
Augusto ainda disse que uma tragédia desse porte não pode ser politizada, e que, como deputado de centro-direita, não acha correto afirmar que o que ocorreu foi fruto da ação da direita.



