Adversários defendem os Coelho na vice
A rivalidade entre grupos históricos de Petrolina não seria um obstáculo para a indicação do ministro das Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), para a vice do governador Paulo Câmara (PSB). A composição vem ganhando força nos bastidores como uma estratégia da Frente Popular para segurar o grupo dos Coelho no projeto de reeleição do chefe do Executivo em 2018. Nesta segunda-feira (31), a aliança recebeu um defensor improvável. Vice-líder do governo na Assembleia Legislativa e adversário dos Coelho, o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) defendeu o nome do ministro para a composição da majoritária.
"Seríamos contemplados com a indicação de Fernando Filho, seria uma ótima contribuição para Sertão. O grupo (do senador) Fernando Bezerra Coelho é extremamente importante para Paulo Câmara. É um grande aliado no Sertão", defendeu.
A indicação também não tem oposição do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB), outro desafeto dos Coelho no Sertão do São Francisco. "Vice é como mulher, quem tem que escolher é o marido. Vou trabalhar para Paulo Câmara ser reeleito. Sou um soldado do partido. Quem for vice, eu voto. Já votei em Fernando Bezerra quatro vezes. Ele é que nunca votou em mim e está me devendo voto", adiantou.
Caso Fernando Filho, que é deputado federal licenciado, seja alçado para a chapa majoritária, restariam quatro candidatos do Sertão na disputa pela Câmara: Guilherme Coelho (PSDB), Adalberto Cavalcanti (PTB), Gozaga Patriota e Lucas Ramos. Os Coelho, contudo, não devem ficar sem um representante no Legislativo e o filho de Fernando Bezerra, Antônio Coelho (PSB), pode se lançar para federal. "Não estou pensando em eleição agora. Só em 2018", disfarçou Fernando Filho, considerado a principal aposta do seu grupo para 2018.
Municipal
Apesar da defesa da indicação de Fernando Filho, Lucas Ramos e Patriota decidiram não participar do diretório do PSB de Petrolina. Em mais um gesto para segurar os Coelho, o presidente da sigla no Estado, Sileno Guedes, ofereceu o diretório permanente para o prefeito Miguel Coelho (PSB). Os parlamentares, contudo, não se sentem representandos e seguem na oposição ao grupo no local. "Não concordamos com o processo de (escolha do comando do diretório) e não vamos participar dele", bateu Patriota.



