Alepe autoriza governo a fazer outros dois empréstimos internacionais
Operações de crédito, no valor de US$ 152 milhões, serão realizadas junto ao Bird e ao BID
Por unanimidade, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, nesta terça-feira (23), novo pedido de autorização de empréstimo feito pelo governo do estado.
É o segundo deste ano e o primeiro de 2025 junto a duas instituições financeiras internacionais. Como têm garantia da União, elas serão encaminhadas ao Senado Federal para apreciação.
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As duas operações de crédito correspondem a US$ 152,2 milhões, aproximadamente R$ 900 milhões. A maior delas - no valor de US$ 92.250 milhões - será junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A outra, um montante de US$ 60 milhões, envolve o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
Substitutivo
Antes de aprovarem o texto original, os parlamentares da base governista derrubaram em plenário um substitutivo proposto pelo relator na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), deputado Waldemar Borges (MDB).
Ele cobrava mais transparência no processo. A matéria agora segue para o Senado. Operações anteriores foram relatadas pelo senador Fernando Dueire (MDB-PE).
Cobrança
Logo em seguida à aprovação do projeto do Executivo, a deputada governista Débora Almeida (PSDB) disse que a Casa estava dando um “passo histórico”.
Na tribuna destacou que os recursos serão essenciais à modernização da máquina pública. E destacou que o governo vai se guiar por três requisitos: eficiência, transparência e justiça fiscal.
A deputada aproveitou para cobrar à presidência da Alepe que coloque em votação o pedido de empréstimo de R$ 1,7 bilhão. A proposta chegou à Casa no dia 5 de junho, em regime de urgência.
“Não há justificativa para essa demora. Nunca se viu uma oposição ser contra o aumento de investimentos para a população. Não é uma atitude responsável. É jogo puramente eleitoral”, atacou.
Defesa
Na tribuna, o deputado Mário Ricardo (Republicanos), que cobrou a ampliação de hospitiais ou construção de nova unidade em Paulista, no Grande Recife, alegou que o estado não pode reclamar da falta de verbas.
“Todos os pedidos de empréstimo encaminhados à Casa foram aprovados. O que nos preocupa é o nível de endividamento que o estado terá após essa gestão”, declarou.
Mário Ricardo pontuou que outra preocupação é com o destino da verba das operações de crédito.



