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Álvaro Porto afirma que pedido de empréstimo não será mais avaliado em 2025

Presidente da Alepe ataca governo e diz que matéria só será discutida em fevereiro de 2026

Presidente da Alepe, Álvaro PortoPresidente da Alepe, Álvaro Porto - Lucas Patrício/Divulgação

O último pedido de empréstimo do Executivo estadual feito em 2025, no valor de R$ 1,7 bilhão, não será mais colocado em pauta este ano. A informação é do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB).  Segundo ele, o valor é referente ao espaço fiscal do próximo ano ano e só será avaliado em fevereiro de 2026, sem prejuízos para o estado.

“A governadora (Raquel Lyra) manda no Palácio do Campo das Princesas. Aqui (na Alepe), não”, cravou o presidente da Casa, depois de ter anunciado na semana passada que colocaria a proposta para votação em plenário na tarde desta terça-feira (18).


Segundo Álvaro Porto, os deputados alertaram que o estado já contraiu muitas dívidas e não tem conseguido executar o montante já autorizado pela Alepe. Desde 2023, no início da gestão, até agora, os parlamentares aprovaram aproximadamente R$ 11 bilhões de operações de crédito - nacional e internacional.

"A administração estadual está mais para banqueira e imobiliária que para governadora”, atacou o presidente da Alepe, lembrando que, em vez de aplicar recursos em educação, Raquel Lyra decidiu comprar o prédio da Neoenergia, na Avenida João de Barros, para onde será transferida a nova sede da secretaria. A pasta hoje funciona em um prédio na Várzea, bairro na Zona Oeste do Recife. 

Reação

A reação de Álvaro Porto chega um dia depois de a governadora ter recomendado à base que votasse contra a proposta de emenda constitucional (PEC), estabelecendo 2% sobre a receita corrente líquida (RCL) para o montante de emendas parlamentares, a partir de 2027. O presidente nem chegou a colocar a PEC na ordem do dia desta terça-feira.

Novo prazo

O presidente da Alepe enfatizou que a autorização para nova operação de crédito só será avaliada em fevereiro, quando a Casa retomar os trabalhos legislativos, após o recesso. 

“Vamos analisar o que o governo conseguiu fazer. Se contratou os empréstimos que aprovamos, se fez entregas significativas, de obras estruturantes, como o Arco Metropolitano. Não podemos permitir que as dívidas fiquem para a próxima gestão, porque este governo termina no próximo ano”, disparou Álvaro Porto, que apoia o projeto do prefeito do Recife, João Campos (PSB), de disputar a vaga ao Palácio das Princesas.

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