Dom, 07 de Dezembro

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Antigo partido de Priscila Krause pode se unir ao PSB de João Campos em federação

Ex-presidente do partido, Roberto Freire, defende que sigla não se torne “satélite do PT”

Priscila KrausePriscila Krause - Arthur Souza/Folha de Pernambuco

O anúncio das conversas para uma possível federação entre o PSB e o Cidadania pode representar uma mudança brusca nos rumos do partido em Pernambuco. O Cidadania abrigava, até março deste ano, a vice-governadora Priscila Krause, hoje no PSD. 

Com a aliança, a legenda estaria unida ao partido do prefeito do Recife, João Campos (PSB), a quem a vice-governadora faz oposição. Aliás, Krause foi uma das principais opositoras do ex-governador socialista Paulo Câmara, também do PSB. 

O ex-presidente do Cidadania em Pernambuco, Roberto Freire, afirma que a união dos partidos pode deixar o partido numa posição secundária em relação ao Partido dos Trabalhadores (PT). 

“O problema que vejo é que é como se estivéssemos virando satélite do PT nacionalmente. Quando criamos o Cidadania, ainda como PPS, e depois apoiamos Eduardo Campos na campanha de 2014, pensamos o partido como uma alternativa do campo da esquerda com visão democrática e iluminista. Coisa que o PT não representa”, disse. 

O movimento de disponibilizar espaço no partido para que Geraldo Alckmin fosse candidato compondo a chapa do presidente Lula (PT) como vice, é para Freire a evidência de que a legenda socialista cumpre um papel de coadjuvante com relação ao PT. 

“Só não está na federação, mas o PSB está hoje em órbita do PT”, cravou. 

Roberto Freire avalia que o partido teria condições de compor uma frente ampla contra a polarização ainda vigente no país. Ele destaca a candidatura de Simone Tebet pelo MDB como um exemplo que deveria ser seguido, desta vez com a candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD). 

“Defendo que o Cidadania trabalhe para construir uma frente de concertação maior do que foi em 2022, com Simone Tebet. Deveríamos construir aliança com partidos que não participaram dessa eleição e vão participar da próxima, como o PSD. Acho que Eduardo Leite é um nome a ser pensado e articulado. O Cidadania pode  até fazer federação, mas pensando em montar essa frente”, expôs Roberto Freire. 

 

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