Antônio Moraes afirma que CPI não terá resultados e aposta em virada de Raquel
Deputado também defendeu o texto original do pedido de empréstimo do governo
O deputado estadual Antônio Moraes (PP) analisou, nesta terça-feira (9), os embates travados na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para a instalação da chamada CPI da Publicidade, que investiga os contratos de publicidade do governo estadual. De acordo com Moraes, a comissão não terá resultados e citou a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que não encontrou irregularidades nos contratos. As declarações foram dadas durante entrevista concedida à Rádio Folha 96,7 FM.
Ainda segundo o parlamentar, o regimento interno da Alepe foi descumprido durante o processo de instalação da comissão, citando as trocas de partidos para assegurar maioria opositora.
“Eu não acredito [que a CPI sobreviva]. [...] O regimento da Assembleia foi totalmente rasgado e ninguém cumpre absolutamente nada”, disse. “É nula”, enfatizou.
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Reeleição
O parlamentar também apostou na reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD). Segundo Moraes, a chefe do Executivo estadual terá tempo para reverter o quadro desfavorável e relembrou algumas pesquisas eleitorais em que o governo possui saldo positivo. Ainda na avaliação dele, a virada ocorrerá até o fim do ano.
“Eu acredito muito que a governadora, com as obras que está fazendo, e com o equilíbrio fiscal do estado de Pernambuco, vira o jogo agora no término do ano e a gente ganha essa eleição”, afirmou.
O deputado também criticou a atuação de políticos pernambucanos contra o próprio estado. O parlamentar comentou que o Pernambuco tem um “problema político muito sério” e fez uma comparação com o Ceará, Paraíba e Bahia.
“Lá, eles são todos cearenses, paraibanos e baianos. Aqui, não. Pernambuco tem uma tradição de quem está subindo o outro puxar feito uma corda de caranguejo”, declarou.
Empréstimo
Moraes também comentou a expectativa para a votação, prevista para esta tarde na Alepe, do pedido de empréstimo do governo estadual no valor de R$ 1,5 bilhão. Segundo o deputado, a bancada governista deve pedir a rejeição do texto substitutivo aprovado nas comissões.
“Vamos votar pela rejeição do substitutivo e pela aprovação do texto original, que é o correto”, declarou.
De autoria do deputado Waldemar Borges (MDB), o texto estabelece que 50% dos recursos devem ser utilizados em projetos propostos pelas prefeituras. Moraes defendeu a importância do projeto original, argumentando que o estado precisará de grandes investimentos. O deputado também criticou o substitutivo e comentou que nenhuma instituição financeira aceitaria um pedido de empréstimo nos termos colocados.
“O banco não aceita isso, até porque nunca houve no Brasil”, disse.
Veja a íntegra da entrevista:



