Seg, 22 de Dezembro

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Após mais um dia sem votações na CCLJ, deputados cobram governo 

Parlamentares querem que processos só caminhem quando todos os questionamentos forem respondidos

Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da AlepeComissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe - Foto: Nando Chiappetta/Alepe

A reunião da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), realizada na manhã desta terça-feira (20), foi marcada por cobranças relacionadas ao pedido de empréstimo de R$1,5 bilhão enviado pela governadora Raquel Lyra (PSD) a Casa de Joaquim Nabuco. 

O deputado Waldemar Borges (PSB), relator da matéria na Comissão, entrou com novos pedidos de informação e contestou declarações vindas do Executivo. 

“Contesto essa versão que estão querendo passar aí, de que há um atraso e que esse Poder estaria prejudicando. A gente quer saber simplesmente, aquilo que foi gasto, foi gasto em quê? E o que não foi gasto? Por que não foi gasto? Cadê a pressa? Cadê a urgência?”, disparou o parlamentar.

As alegações contrariam, portanto, o que foi dito pelo secretário de Planejamento e Gestão, Fabrício Marques, no último dia 19. O gestou afirmou que: “os recursos ficam à espera da autorização da Alepe, mas quem não precisa esperar é o povo de Pernambuco. Os pernambucanos têm pressa”. 

No entanto, para Borges, os processos só devem andar quando todos os questionamentos forem respondidos. 

Comparação

O presidente da CCLJ, deputado Alberto Feitosa (PL), aproveitou a oportunidade para relembrar sua tentativa de adiar a votação da matéria, pois havia percebido que Pernambuco estava contraindo empréstimos com a mesma instituição, com juros quase o dobro do estado do Ceará.

“Uma hora todos nós vamos ter que pagar. Todos nós pernambucanos vamos ter que pagar”, comentou. 

Quem também utilizou a discussão para fazer apontamentos foi o deputado Júnior Matuto (PSB). Segundo ele, o Executivo “está jogando para a plateia e responsabilizando a Casa”. Matuto ainda reforçou a importância da Casa em acompanhar de perto os trâmites dos demais empréstimos já contratados, para só assim, o pedido atual ser votado. 

“Quando ela gastar ou quando ela disser o que está fazendo com o que já foi feito, a gente coloca em pauta o próximo”, declarou.

Transparência

Presente na reunião, o deputado Luciano Duque (SD), base da governadora na Casa, entrou em defesa quanto à forma em que o debate vem sendo conduzido pelo governo. Apesar disso, concorda com a oposição de que é necessária a transparência no processo. 

“O fundamental é que se dê transparência, e eu concordo em gênero, número e grau com todos vocês, evidentemente que a lei de transparência existe para isso, e uma autorização de contratação de crédito, eu creio que o Estado tem que de fato vir e explicar aqui a todos nós”, explicou. 

Ele ainda informou que, ontem (19) esteve reunido com a líder do governo na Alepe, deputada Socorro Pimentel, e é esperado por eles que o Executivo traga as informações necessárias, pois “é importante que a gente tome o conhecimento de como está sendo gasto [o dinheiro]”.

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