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Audiência busca soluções para segurança e requalificação do Centro do Recife

Deputado Joel da Harpa defende instalação de grupo de trabalho permanente

Audiência pública na Alepe discute problemas do Centro do RecifeAudiência pública na Alepe discute problemas do Centro do Recife - Foto: Wagner Alves/Divulgação

Criar uma comissão formada por lojistas, para buscar soluções através do Poder Executivo, tanto estadual como municipal, além do Ministério Público e do Tribunal de Justiça.

Promover a desocupação de prédios abandonados por meio de uma ação coordenada do poder público e a realização de uma “operação social e de repressão” direcionada à população em situação de rua.

Essas foram algumas das ações sugeridas pelo deputado Joel da Harpa (PL) , ao término da audiência pública realizada na quarta-feira (21/06) pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.

Além de Joel, participaram da audiência o deputado João Paulo Lima e Silva  (PT), que defendeu políticas de desenvolvimento com inclusão social, e João Paulo Costa (PCdoB), que cobrou do Governo do Estado a apresentação de um programa para a segurança pública.

Também participaram Fábio Falcão (representando os comerciantes do Mercado de São José) e Antônio Almeida do Grupo de Proprietários de Imóveis da Rua da Imperatriz. 

E ainda a presidente da Associação dos Lojistas do Centro do Recife (Alcere), Patrícia Nascimento; o diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife), Paulo Monteiro; o coordenador das promotorias criminais do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Antônio Arroxelas;  aTitular da 1ª Delegacia Seccional de Polícia de Santo Amaro, a delegada Bárbara Fort; o comandante do 16º BPM, tenente coronel Hugo Alexandre da Silva, dentre outros. 

O encontro foi proposto ao colegiado por Joel da Harpa, após solicitação da Associação dos Lojistas do Centro do Recife (Alcere).

O parlamentar visitou a região com representantes da entidade e conferiu problemas como lojas fechadas, prédios deteriorados, ruas desertas e sem iluminação e falta de policiamento.

Posicionamentos

Presidente da Alcere, Patrícia Nascimento lamentou os casos de furtos e arrombamentos  contra estabelecimentos comerciais.

“Estamos perdendo patrimônio e o público migrando para shoppings, não sabemos mais o que fazer. As praças estão cheias de trombadinhas. Temos os custos das seguranças eletrônica e privada, mas não tem adiantado”, desabafou. 

Diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife), Paulo Monteiro elencou a diversidade, os preços, além da beleza da arquitetura e do patrimônio histórico, como atrativos do comércio no Centro.

Ele propôs o apoio do poder público para projetos imobiliários na região, melhorias na iluminação e projetos para abertura de postos de trabalho.

“O comércio do Centro do Recife é um grande gerador de empregos”, prosseguiu.

Já o coordenador das promotorias criminais do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Antônio Arroxelas citou experiências exitosas na redução da violência de cidades como Medellín, na Colômbia, e Nova York, nos Estados Unidos. Ele acentuou o papel das ações dos poderes municipais adotadas nessas localidades.

“É preciso investir no Centro com urbanismo e cuidando dos miseráveis que estão nas ruas. Senão, não teremos solução”, observou. 

Drogas

Titular da 1ª Delegacia Seccional de Polícia de Santo Amaro, a delegada Bárbara Fort argumentou que o vício em drogas é a principal motivação dos roubos na região.

Ela defendeu políticas para atendimento aos usuários de entorpecentes, mas, também, rigor maior da Justiça contra os criminosos reincidentes.

Já o comandante do 16º BPM, tenente coronel Hugo Alexandre da Silva, elencou ações da unidade para efetuar prisões e apreensões de drogas, mercadorias roubadas e armas brancas.

Preservação

Responsável pela Gerência Operacional da Guarda Municipal do Recife, o inspetor Willames Viana abordou o papel da corporação na preservação do patrimônio público e nos parques e praças do Centro.

O lojista e pastor Ezequias Bezerra, por sua vez, sustentou que o Centro do Recife está sendo “destruído em nome de uma visão social”.

Contramão

E afirmou que o fechamento de lojas, indo na contramão de uma possível melhoria econômica, agrava ainda mais os problemas.

Para “evitar que uma cracolândia se estabeleça no Centro do Recife”, ele defendeu a desocupação dos prédios abandonados e o fim da assistência à população em situação

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