Ciro Gomes bate no PT, mas preserva Lula
Em agenda em Caruaru, nesta quinta-feira (06), o presidenciável Ciro Gomes (PDT) conversou com a imprensa e se posicionou sobre temas sensíveis à sua candidatura, como o acordo nacional entre PT e PSB que refletiu no cenário político local e sua relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele comentou sobre o processo que minou a candidatura de Marília Arraes (PT) ao Governo de Pernambuco - a partir de uma decisão da executiva nacional do PT, a candidatura de Marília foi desconsiderada e o partido entrou na Frente Popular de Paulo Câmara (PSB), isolando o petebista nacionalmente. "Estimular uma moça como Marília Arraes a ser candidata e, na hora que ela está chegando em primeiro lugar nas pesquisas, tirar esse apoio por uma conversa de gabinete e obrigar o eleitor petista a votar naqueles que eles chamam de golpistas, isso é uma violência", criticou.
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Contudo, quando perguntado sobre a participação de Lula nesse processo, Ciro duvidou que o ex-presidente tenha feito parte dessa definição. "Isso é da política. Não vou mudar meu conceito, meu carinho, meu respeito por Lula. E isso parte nem mais do Lula, parte de uma cúpula do PT que usa demais o nome de Lula sem nem sequer ele poder ser responsbilizado", disparou. Ao que parece, o pedetista não pretende rivalizar com o ex-presidente, apontado como principal cabo eleitoral no Nordeste, mesmo preso desde março deste ano.
E, poupando Lula de críticas, elencou sua importância nos governos petistas. "Eu ajudei o Lula nos 16 anos em que ele governou por si ou por intermédio da Dilma. Eu fui ministro do Lula e tenho a honra de ter participado das reuniões que criaram o Bolsa Família, por exemplo. Foi a mim que ele deu a responsabilidade e confiou a mais importante obra do governo dele, que é a integração do Rio São Francisco", lembrou.



