Seg, 22 de Dezembro

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Codevasf vira motivo de disputa de aliados

Noiva cobiçada do segundo escalão federal, regional da companhia em Petrolina gera cobranças.

CodevasfCodevasf - Divulgação

Um dos espaços mais cobiçados do segundo escalão do Governo Federal em Pernambuco, a 3ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), em Petrolina, virou alvo de disputa e cobranças de lideranças do Estado. Nos últimos dias, o PT de Pernambuco se movimenta para garantir que o indicado da legenda para o posto, Edilazio Wanderley, fique com o cargo, ao mesmo tempo, em que reage contra a mobilização de partidos para tentar ficar com o comando da Companhia.

Espaço estratégico

Ontem, o deputado federal Carlos Veras (PT) defendeu que a indicação do PT para a Codevasf é estratégica para o crescimento do partido em Pernambuco.

"Que tipo de aliados são esses? Que tipo de aliança é essa que você constrói? E temos colocado que não pedimos o cargo, ele nos foi oferecido foi posto para o PT de Pernambuco. Aí aliados vêm pra cima, pra exatamente tomar esse espaço. Não vamos aceitar ser colocados às margens da política pernambucana", avisou o deputado, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem.

Nos próximos dias, Carlos Veras e os senadores Humberto Costa (PT) e Teresa Leitão (PT) devem procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para levar a preocupação. Segundo o legislador, o debate precisa ser bem construído para não deixar arestas.  "A gente está nesse debate, e, se ele não for bem feito, bem discutido pode gerar consequências e problemas políticos graves para o presente e para o futuro", alertou. O legislador afirma que o PT-PE possui “um crédito” com a nacional do partido e que sua representação da gestão não condiz com sua importância.

No último fim de semana, em pas­sagem por Petrolina, Humberto Cos­ta, em entrevista ao colunista Car­­los Britto, alertou o Governo Lu­­la sobre a entrega de postos fede­rais estratégicos para partidos que não vão entregar os votos necessários no Congresso. O petista critica que o Palácio do Planalto está “entre­gando os dedos e anéis” para aliados. "Entendemos que algumas escolhas são feitas em nome disso, mas há espaços que são muito emblemáticos", afirmou o senador, ao jornalista Carlos Britto. Segundo ele, esses espaços "deveriam ficar com grupos e partidos que são identificados com o governo". "Por isso, apresentamos o nome do companheiro Edilázio", disse.

 

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