Codevasf vira motivo de disputa de aliados
Noiva cobiçada do segundo escalão federal, regional da companhia em Petrolina gera cobranças.
Um dos espaços mais cobiçados do segundo escalão do Governo Federal em Pernambuco, a 3ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), em Petrolina, virou alvo de disputa e cobranças de lideranças do Estado. Nos últimos dias, o PT de Pernambuco se movimenta para garantir que o indicado da legenda para o posto, Edilazio Wanderley, fique com o cargo, ao mesmo tempo, em que reage contra a mobilização de partidos para tentar ficar com o comando da Companhia.
Espaço estratégico
Ontem, o deputado federal Carlos Veras (PT) defendeu que a indicação do PT para a Codevasf é estratégica para o crescimento do partido em Pernambuco.
"Que tipo de aliados são esses? Que tipo de aliança é essa que você constrói? E temos colocado que não pedimos o cargo, ele nos foi oferecido foi posto para o PT de Pernambuco. Aí aliados vêm pra cima, pra exatamente tomar esse espaço. Não vamos aceitar ser colocados às margens da política pernambucana", avisou o deputado, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem.
Nos próximos dias, Carlos Veras e os senadores Humberto Costa (PT) e Teresa Leitão (PT) devem procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para levar a preocupação. Segundo o legislador, o debate precisa ser bem construído para não deixar arestas. "A gente está nesse debate, e, se ele não for bem feito, bem discutido pode gerar consequências e problemas políticos graves para o presente e para o futuro", alertou. O legislador afirma que o PT-PE possui “um crédito” com a nacional do partido e que sua representação da gestão não condiz com sua importância.
Leia Também
• Deputado Carlos Veras afirma que PT não será emparedado por pessoas consideradas aliadas
• Humberto defende comando da Codevasf com o PT e diz que vai levar preocupação para Lula
No último fim de semana, em passagem por Petrolina, Humberto Costa, em entrevista ao colunista Carlos Britto, alertou o Governo Lula sobre a entrega de postos federais estratégicos para partidos que não vão entregar os votos necessários no Congresso. O petista critica que o Palácio do Planalto está “entregando os dedos e anéis” para aliados. "Entendemos que algumas escolhas são feitas em nome disso, mas há espaços que são muito emblemáticos", afirmou o senador, ao jornalista Carlos Britto. Segundo ele, esses espaços "deveriam ficar com grupos e partidos que são identificados com o governo". "Por isso, apresentamos o nome do companheiro Edilázio", disse.



