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Com vídeo de Olavo de Carvalho contra comunismo, encontro reúne conservadores no Recife

Palestra de Olavo de Carvalho na abertura do encontro de conservadoresPalestra de Olavo de Carvalho na abertura do encontro de conservadores - Rafael Furtado/Folha de Pernambuco
A primeira edição do Fórum dos Conservadores do Nordeste foi aberto na manhã desta quinta-feira (7) no Recife. Alinhado à direita, o fórum tem como tema “Muda Nordeste” e deve reunir até sexta-feira (8), no Hotel Grand Mercure, em Boa Viagem, militantes conservadores, jornalistas, empresários e simpatizantes da ideologia. A abertura da conferência contou com a participação do escritor Olavo de Carvalho, que, em vídeo, apresentou um discurso centrado no “combate ao comunismo”. Atualmente, o líder conservador mora na Virgínia, nos Estados Unidos.

O discurso de abertura, feito por Olavo de Carvalho, pregou uma “rejeição ao comunismo sem nenhum respeito às pessoas que o defendem”. “Qual o mérito de ser moderado quando o que está contra nós é o regime mais assassino, genocida e cruel de todos os tempos?”, questionou Olavo. "Qualquer moderação nesse cenário é sinônimo de covardia e mal-caráter", completou.

No vídeo, Olavo não falou sobre questões relacionadas diretamente à região Nordeste, tema central da Conferência. “Completamente alinhada ao governo Jair Bolsonaro”, a organização do evento espera debater temas como a “preservação da moral, da família e do conservadorismo”. De acordo com Alexandre Carvalho, um dos organizadores do evento, “o movimento surge da necessidade de se resgatar conceitos que fizeram parte da nossas vidas”. “Ao contrário do que muitos pensam, o conservadorismo não é uma visão arcaica e antiquada”, disse Alexandre.

 "Durante décadas o termo 'conservadores' era praticamente proibido. O máximo do antipetismo e do anticomunismo era o liberalismo, uma postura que se apresenta como moderada", afirmou Olavo de Carvalho na gravação. Ele também questionou a existência de um regime democrático no Brasil. Para sustentar a tese, argumentou que "há uma ausência de teses 'anti-comunistas' nas universidades brasileiras".

Ao falar sobre o regime militar, o escritor fez referência ao deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) e afirmou que os militantes oposicionistas "não eram vítimas de uma ditadura, mas representante da ditadura mais ferozs de um continente, a cubana". "Era pra essa ditadura que seus 'Ivans valentes' trabalhavam". Na época do regime, Ivan Valente era militante do Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP) e chegou a ser preso em 1977.

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