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Em mesa-redonda, Maria Arraes defende projeto de lei para combater mortalidade materna

Proposta visa instituir ações de prevenção, capacitação de profissionais em partos humanizados e garantia de informações às gestantes

No Nexo Governamental XI de Agosto, Maria Arraes fala sobre proposta de combater mortalidade maternaNo Nexo Governamental XI de Agosto, Maria Arraes fala sobre proposta de combater mortalidade materna - Foto: Lúcio Lucas

A deputada federal Maria Arraes (Solidariedade) apresentou, nesta quinta-feira (23), na Faculdade de Direito do Recife, o Projeto de Lei nº 2112/24, que tem como objetivo reduzir os casos de mortalidade materna no Brasil. A expectativa da parlamentar é de que o projeto de lei seja votado na Câmara ainda este ano.

O projeto, que atualmente está em tramitação na Câmara dos Deputados, propõe ações de prevenção, capacitação de profissionais em partos humanizados, e de garantia de informações e direitos às gestantes, incluindo planejamento familiar, acesso à contracepção, laqueadura e saúde mental. 

“São óbitos que, em sua maioria, são preveníveis. Segundo dados da Fiocruz, 92% poderiam ser evitados se essas mulheres tivessem acesso à prevenção, ao diagnóstico e ao manejo adequado de complicações comuns na gravidez. O Brasil ainda apresenta índices elevados de mortalidade materna: em 2024, os números preliminares indicam 50,57 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos”, destacou Maria.

Maria Arraes participou de uma mesa-redonda para o Nexo Governamental XI de Agosto - que permite o diálogo entre os Três Poderes e os estudantes das universidades brasileiras -  e, no espaço, aproveitou para escancarar a falta de assistência às pessoas que gestam, especialmente quando há recortes de raça e classe envolvidos, além da dependência no sistema público de saúde.

“No Norte, a taxa chega a 823 mortes por 100 mil habitantes, enquanto no Sul são apenas 40. Outro ponto que merece destaque é o número de mulheres negras afetadas, a mortalidade entre elas é o dobro da média nacional. Por isso, este projeto é fundamental para que possamos reverter essas situações”, enfatizou a deputada sobre as desigualdades que também perpassam o gestar.

*Com informações da assessoria
 

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