Frente da Câmara Federal realiza ato e debate privatização da Eletrobras
Na semana passada, um decreto da Presidência da República autorizou o início de estudos para o processo de desestatização da companhia.
Ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu alertou para tensões que podem surgir da gestão privada do sistema elétrico – que no País é alimentado principalmente pela energia gerada a partir dos rios. “Os interesses em torno da água ficam cada vez mais complexos. Se esses conflitos não forem geridos de acordo com o interesse público, irão explodir disputas federativas e será uma tragédia para a sociedade”, expôs. Ele citou também a possibilidade de que se aprofundem dificuldades no abastecimento.
Já o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco, Fernando Freitas, pediu que os trabalhadores do setor continuem mobilizados contra a medida. “Os representantes do Governo estão correndo para privatizar a Eletrobras porque sabem que serão derrotados no voto”, afirmou Freitas.
Presentes ao ato, políticos também marcaram posição contra a proposta do Governo. O coordenador da Frente em Defesa da Chesf na Câmara dos Deputados, o deputado federal Danilo Cabral (PSB), alertou que abrir mão do controle sobre o sistema elétrico é “algo que nenhum país desenvolvido faz”.
No mesmo sentido, a relatora da Frente, deputada federal Luciana Santos (PCdoB), apontou que é necessária a presença dos governos nos setores estratégicos. “Energia e água são bens essenciais às pessoas e à economia.”
Coordenador da Frente em Defesa da Chesf na Alepe, o deputado Lucas Ramos (PSB) disse que o interesse na venda da Chesf não tem como fim tornar a empresa mais eficiente, mas unicamente especular com as ações da estatal. Ainda se pronunciaram os deputados estaduais Teresa Leitão (PT), Odacy Amorim (PT) e Isaltino Nascimento (PSB).



