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Gleide Ângelo critica falta de nomeação de coordenadoras da Mulher em Pernambuco

Segundo a deputada, o governo entra no quinto mês sem fazer as nomeações necessárias para dar mais s

Deputada Gleide Ângelo critica demora na nomeação de coordenadoras da mulherDeputada Gleide Ângelo critica demora na nomeação de coordenadoras da mulher - Foto| Roberto Soares/Assembleia Legislativa

A deputada estadual Gleide Ângelo (PSB) fez uma duras críticas, nesta segunda-feira (8), ao Governo Raquel Lyra (PSDB) no tocante à ausência de suporte a mulheres agredidas e a mulheres que sofreram tentativa de feminicídio. Segundo ela, o governo já entrou no quinto mês, e ainda falta nomear coordenadoras da mulher de algumas regiões. Gleide aproveitou a ocasião para criticar a demora do lançamento do Programa Juntos pela Segurança - anunciado na campanha eleitoral e ainda não iniciado. “O que a gente precisa cobrar é que a violência contra a mulher tenha tolerância zero. Para isso, o Estado precisa fazer a parte dele”, disse a deputada.

As 12 coordenadoras foram desligadas em janeiro, quando a gestão estadual exonerou todos os cargos comissionados. Gleide contou que precisou se deslocar para Carpina, neste final de semana, para cumprir uma missão que o Estado deveria estar fazendo. Ela foi socorrer uma mulher cujo namorado - Leandro Galdino - havia enfiado uma faca na sua cabeça no dia 1ª de maio. 

Segundo Gleide, a jovem de 22 anos tinha sofrido tentativa de feminicídio, conseguiu sobreviver e obteve uma medida protetiva, mas o suspeito foi liberado pela Justiça e voltou a ameaçá-la. “Medida protetiva é um pedaço de papel, não segura nem bala, nem facada, é apenas a porta de entrada para a segurança da mulher”, declarou, dizendo que a jovem não foi abrigada e, por isso, corria risco de morte. Leandro Galdino foi preso novamente e se encontra na Delegacia de Carpina. 

Gleide frisou que precisou se envolver diretamente no caso porque a Mata Norte - com 19 municípios - está sem coordenadora nomeada. “Se você não tem ninguém para colocar, como você exonera? Não sabem quem colocar (como coordenadora)? Então, tragam as que já estavam de volta, quem estava trabalhando e fazendo um trabalho sério”, alfinetou a deputada, que questionou o fato de a vítima de Carpina não receber o acolhimento necessário. “Eu fiz o papel que é de uma coordenadora da mulher”, afirmou. “O que não pode é deixar os cargos vagos”.

Para Gleide, é urgente o preenchimento destes cargos das coordenadoras, porque um dos papéis das coordenadoras é ajudar a abrigar as vítimas. Sobre o Juntos Pela Segurança, ela falou: “Espero que finalmente seja lançado o programa e que, dentro deste programa, tenha concurso público”, acrescentou.

Ninguém da base do governo foi se posicionou na Assembleia sobre o assunto.
 

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