Jones Manoel recupera contas após derrubada pela Meta e diz que empresa cedeu à pressão política
Historiador diz que redes voltaram após repercussão; Meta não explicou motivo da suspensão
O historiador, youtuber e ex-candidato ao governo de Pernambuco, Jones Manoel, anunciou nesta sexta-feira (8) que recuperou o acesso às suas contas no Instagram e no Facebook.
As redes haviam sido derrubadas pela Meta na noite da quarta-feira (6), sem aviso prévio ou explicações oficiais. A retirada do ar foi criticada por parlamentares e considerada pelo historiador como uma tentativa de censura com motivações políticas.
“Meu Facebook voltou na madrugada e hoje de manhã o Instagram. Agora vou me reunir com meus advogados para entendermos quais são os próximos passos, se vamos continuar ou não com a ação judicial. Claramente a Meta sentiu a pressão política e não esperava a campanha de solidariedade”, afirmou o comunicador em sua conta do Instagram (Veja o comunicado completo abaixo).
Graduado em história pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Jones Manoel tem mais de um milhão de seguidores nas redes e 499 mil inscritos no canal Farol Brasil, onde produz vídeos sobre política, cultura e movimentos sociais. Em 2022, disputou o governo de Pernambuco pelo Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), recebendo mais de 33 mil votos.
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Motivação
A Meta, responsável pelas duas redes sociais, foi questionada por veículos de imprensa, mas segue sem se manifestar sobre os motivos da suspensão, mesmo após a reativação das contas.
Nos últimos dias, o historiador havia ganhado ainda mais visibilidade após divulgar um vídeo debatendo com 20 conservadores — conteúdo que, segundo apoiadores, contribuiu para o aumento do alcance e pode ter motivado a derrubada das contas.
Defesa
Parlamentares de diferentes estados saíram em defesa de Manoel nas redes sociais. A deputada estadual Dani Portela (Psol-PE) classificou a derrubada como “inaceitável” e cobrou regulamentação das plataformas.
“Enquanto discursos de ódio circulam livremente, conteúdos que combatem firmemente esse tipo de fala são censurados”, escreveu.
Já o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que o caso se trata de “censura real” e cobrou a reativação imediata das contas. A deputada Natália Bonavides (PT-RN) destacou que “algoritmos não são imparciais” e que as big techs promovem controle político ao silenciar vozes críticas.
Jones Manoel afirmou que ainda avalia, junto à sua equipe jurídica, se continuará com ações contra a Meta.
“Conseguimos impor uma vitória tática contra a Meta, que sentiu a pressão e a onda de solidariedade. Por isso as minhas contas voltaram”, declarou.
Em publicação anterior, o historiador afirmou que não havia sido hackeado e que a própria empresa havia derrubado suas redes. Ele compartilhou a mensagem recebida do Instagram, que informava que os dados seriam excluídos por descumprimento das diretrizes da plataforma.
Confira o pronunciamento completo de Jones Manoel após recuperar suas contas:



