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Líder do PSB na Alepe cobra ao Governo de Pernambuco pagamento do 13º do Bolsa Família

Deputado Sileno Guedes decidiu noticiar o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado

Sileno Guedes (PSB) cobra ao Estado pagamento do 13º do Bolsa Família em seu 1º discurso na Alepe como líder da bancadaSileno Guedes (PSB) cobra ao Estado pagamento do 13º do Bolsa Família em seu 1º discurso na Alepe como líder da bancada - Divulgação

Em seu primeiro discurso na condição de líder do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Sileno Guedes fez nesta segunda-feira (13) o que promete desde a eleição da governadora Raquel Lyra (PSDB): será oposição e vai fiscalizar as ações do Executivo estadual. Anunciou estar noticiando o Ministério Público de Pernambuco e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) porque o Governo do Estado ainda não pagou o 13° do Bolsa Família nem divulgou o calendário.  Ano passado o pagamento começou no dia 14 de fevereiro e contemplou 1.190.567 famílias.

“Esta casa aprovou em 2019 uma lei criando a 13ª parcela do Bolsa Família. E o pagamento aconteceu nos anos de 2020, 2021 e 2022, sempre começando em fevereiro. Para surpresa nossa, hoje está iniciando o pagamento do Bolsa Família do Governo Federal e a gente não viu notícia sobre o 13º do Bolsa Família pago pelo Governo do Estado, embora seja lei e tenha previsão orçamentária deixada pela gestão do PSB. Isso frustrou milhões de pessoas que passaram o ano de 2022 cumprindo uma série de requisitos para aumentar o valor de sua parcela e tiveram seu benefício, até agora, negado pelo Governo”, afirmou Sileno Guedes, que coordenou a implantação do programa quando era secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude na gestão do ex-governador Paulo Câmara (sem partido).

O 13° do Bolsa Família é garantido pela Lei Estadual 16.668/2019, que prevê 31 de janeiro como data limite para a apuração do benefício relativo ao ano anterior. Em 2020 e 2021, os pagamentos ocorreram entre os meses de fevereiro e abril, de acordo com a data de aniversário do beneficiário. Já em 2022, todas as famílias tiveram o pagamento creditado em fevereiro, para amenizar os efeitos da crise econômica decorrente da pandemia. A parcela máxima por família era de R$ 150. Segundo o deputado, nos últimos três anos, quase meio bilhão de reais foram injetados na economia por meio do programa.

Para Sileno, o descaso com o calendário de 2023 se deu pela falta de organização da atual gestão. “O pagamento não foi feito porque o Governo não fez transição e não colocou as pessoas que precisavam estar trabalhando para organizar essa parte, de forma semelhante a muitas denúncias que temos acompanhado em outras secretarias”, disparou.

“Fico me perguntando como estão outros programas sociais criados pela gestão do PSB para diminuir as desigualdades do nosso povo, como o Chapéu de Palha, o PE Conduz, o CNH Popular, a CNH Rural e o Olhar para as Diferenças. Que a gente possa ter rapidamente uma resposta do Governo, pois, da forma como está, os invisíveis continuam invisíveis”, completou Sileno Guedes.

NOTA OFICIAL
Em nota, o Governo do Estado informa que para efetuar o pagamento, está revisando a base de beneficiários do CadÚnico com a Controladoria-Geral do Estado e a Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional. "Esta é uma medida de caráter técnico que visa salvaguardar o programa para que ele cumpra seu objetivo social", registrou.

Ainda na nota, o "Governo reforça o compromisso com os milhares de pernambucanas e pernambucanos que têm direito a receber a 13ª parcela do Bolsa Família e garante que o benefício será pago às famílias em situação de vulnerabilidade social".

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