Luciano Huck faz palestra cheia de gestos políticos
Durante a sua fala, citou várias vezes o ex-ministro e hoje consultor de Relações Institucionais do Porto Digital, Raul Jungmann, principal responsável pela sua vinda ao evento. Também citou a deputada federal Tábata Amaral (PDT) e a "escola de liderança" RenovaBR, apoiada por ele. "Eu decidi tentar contribuir de alguma forma. E o jeito que eu encontrei para contribuir é convocar a minha geração e as próximas - para deixar claro que se a gente não colocar a mão na massa as coisas não vão se resolver por geração espontânea, ninguém vai fazer por nós", disse. Entre as críticas, Luciano ressaltou que a desigualdade é o assunto que mais o incomoda. Em determinado momento da palesta, Huck citou um País "tomado pela corrupção, com boa parte da sua população morando em favela, com baixos indíces de desenvolvimento humano, sem compromisso com a sustentabilidade, refém da violência urbana e subdesenvolvido" e perguntou à plateia "quem pensou no Brasil". Na sequência afirmou que estava descrevendo a Coreia do Sul na década de 80.
"Lá tiveram ditaduras, governos de direita, governos de esquerda, mas uma coisa não mudou: a educação é prioridade número um do estado, independente de quem esteja no poder. E essa foi a ferramenta de transformação da Coreia do Sul e, para mim, é a mais poderosa ferramenta de redução de desigualdade", complementou.
"Só quem tem poder para resolver esse problema é o estado. O estado é gerido pela política. A política é feita pelos políticos. A gente tem que qualificar a política", pontuou. "E foi nesse caminho que eu tentei entrar nos últimos dois anos. A minha vida sofreu um tsunami dessa coisa política nos últimos dois anos e meio e eu juro para vocês que eu não levantei a mão. Eu tinha dois caminhos: seguir sendo um peixinho dourado no aquário do Projac - ali protegido e bem alimentado - ou não. Podia tentar contribuir e estou aqui", acrescentou. No entanto, o apresentador também fez elogios durante a sua passagem pela capital pernambucana. Ele chamou o pólo tecnológico pernambucano de "Vale do Silício Nordestino" e enalteceu o modelo de ensino integral, implantado pelo Governo do Estado nas escolas.
Sem falar com a imprensa, o único momento em que o apresentador respondeu sobre a Presidência foi após um comentário de uma senhora da plateia de que ele seria presidente. O comunicador apenas sorriu e brincou: “Nossa Senhora! Vou dar o telefone da Angélica para a senhora”. No evento, o global foi ovacionado e chamado de presidente por simpatizantes.



