Luiz Gonzaga pode entrar para o Livro do Panteão dos Heróis de Pernambuco
Antônio Moraes apresentou projeto à Alepe justificando a importância do Rei do Baião
O deputado estadual Antônio Moraes apresentou à Assembleia Legislativa de Pernambuco um projeto de resolução para inscrever o nome de Luiz Gonzaga no Livro do Panteão dos Heróis e das Heroínas de Pernambuco – Fernando Santa Cruz. A honraria reconhece personalidades que tiveram papel fundamental na construção da identidade e na história do estado. O documento está sob a guarda do Museu Palácio Joaquim Nabuco.
Nascido em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, Sertão de Pernambuco, Luiz Gonzaga ficou conhecido como o "Rei do Baião" por sua contribuição à música nordestina. Com sua inseparável sanfona, acompanhada pela zabumba e pelo triângulo, ajudou a definir o gênero do baião e levou a cultura nordestina a todo o país e ao mundo.
“Luiz Gonzaga tinha uma capacidade enorme de misturar ritmos tradicionais com melodias cativantes. Suas músicas, frequentemente, refletiam as lutas e esperanças das pessoas mais pobres do Nordeste, contribuindo para uma maior compreensão e apreciação da nossa cultura. Até os dias de hoje, ele continua a inspirar artistas contemporâneos e permanece como um marco da música brasileira”, destacou Antônio Moraes. O parlamentar ressaltou que a canção "Asa Branca", composta em parceria com Humberto Teixeira e lançada em 3 de março de 1947, é um dos maiores ícones da música brasileira, retratando a dor do sertanejo em meio à seca.
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O legado de Gonzagão atravessa décadas e continua inspirando artistas contemporâneos. Suas músicas foram regravadas por nomes como Dominguinhos, Sérgio Reis e Baden Powell, perpetuando sucessos como "Luar do Sertão", "No Meu Pé de Serra", "A Triste Partida", "Assum Preto", "Olha Pro Céu", "Paraíba" e "Pagode Russo".
Luiz Gonzaga era filho do sanfoneiro Januário José dos Santos e de Ana Batista de Jesus. Foi casado com Helena Neves Cavalcanti e deixou dois filhos: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, e Rosa Cavalcanti Gonzaga do Nascimento. Sua trajetória musical contou com parceiros ilustres como Humberto Teixeira, Zé Dantas e Patativa do Assaré.
Para Antônio Moraes, a inscrição de Luiz Gonzaga no Livro do Panteão dos Heróis e das Heroínas de Pernambuco é um reconhecimento tardio, mas merecido. “A importância da obra de Luiz Gonzaga é inestimável para a cultura do Brasil. Poucos foram os cientistas e historiadores que conseguiram retratar os sentimentos da alma nordestina da forma como ele fez. Fazia questão de se apresentar sempre caracterizado com sua roupa de vaqueiro e chapéu de couro, sua música, parcerias e força empática do seu canto fizeram dele um menestrel diferente, um poeta que abraçou, com grande devoção, a missão de dar visibilidade a um povo de riqueza e valores únicos”, afirmou. O deputado também ressaltou seu compromisso com a preservação do Parque Asa Branca, em Exu, criado para homenagear o legado do artista.
Luiz Gonzaga faleceu em 2 de agosto de 1989, no Recife. Em 2012, seu centenário foi celebrado com o lançamento do filme "Gonzaga: De Pai para Filho", que explorou sua relação com Gonzaguinha.
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