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Marília Arraes descarta fusão com PSDB e aposta que terá comando de eventual federação com tucanos

Marília afirma que vem participando de conversas para federação com partidos com menos deputados

Vice-presidente nacional do Solidariedade, Marília ArraesVice-presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes - Foto: Melissa Fernandes/Folha de Pernambuco

A ex-deputada federal e presidente estadual do Solidariedade em Pernambuco, Marília Arraes, descartou a possibilidade de fusão com o PSDB, partido da governadora Raquel Lyra. Segundo ela, as discussões em curso tratam de federações, não de fusões.

"Tenho participado de praticamente todas as conversas, e fusão não é uma possibilidade para a gente. Até porque temos um partido bem organizado. Em vários Estados, temos quadros com condições de se elegerem deputados federais”, afirmou.

Em Pernambuco, o Solidariedade conta com uma deputada em exercício, Maria Arraes, irmã de Marília. Já o PSDB não tem parlamentares pernambucanos com mandato. Diante desse cenário, Marília se disse tranquila quanto ao comando de uma eventual federação no Estado, já que, segundo ela, o partido com mais votos para deputado federal assume a liderança.

“O mais provável é que todos os partidos com menos de 20 deputados busquem formar federações. Em geral, a regra que tem sido adotada é que o comando estadual da federação fica com o partido que obteve mais votos para deputado federal. Por isso, todas as conversas do Solidariedade têm sido com partidos que tiveram menos votos que o nosso”, explicou.

Fusão

Os presidentes estaduais do PSDB participaram, nesta sexta-feira (21), de uma reunião com o presidente nacional da legenda, Marconi Perillo, e o secretário-geral, deputado federal Paulo Abi-Ackel, para discutir os rumos do partido e o cenário político nacional. O encontro reforçou a expectativa sobre o protagonismo tucano na construção de uma frente de oposição e abordou a possibilidade de fusão com o Solidariedade e o Podemos.

Fred Loyo, presidente do PSDB em Pernambuco, destacou o consenso entre os dirigentes estaduais sobre a importância de fortalecer a legenda. “A reunião de hoje foi muito boa e debatemos diversas questões importantes para o PSDB. Foi consenso entre a grande maioria dos presidentes de diretórios estaduais que uma eventual fusão será muito bem-vinda. O partido tem sido bastante procurado para discutir alianças, já que se trata de uma legenda com bastante legado e história. Nesse sentido, o fortalecimento e continuidade do partido são prioridades absolutas”, afirmou.

Durante a reunião, Marconi Perillo enfatizou que qualquer fusão ou aliança deve estar baseada em um programa consistente. “Não é só mudar, só juntar, a gente precisa de um programa muito consistente, que precisa convencer as pessoas que esse momento novo será um momento parecido com o que aconteceu em 1988, na criação do PSDB, com líderes excepcionais”, declarou. Ele ressaltou que a legenda trabalha para manter sua relevância nacional e ampliar a participação da militância no processo de reestruturação.

Paulo Abi-Ackel, que também preside o PSDB em Minas Gerais, apontou o interesse de outras legendas em se aproximar do partido. “O PSDB estava no noticiário como um partido prestes a ser sepultado. E hoje é um partido que está sendo demandado por todas as outras forças políticas do Brasil, no sentido de valorizar o papel do PSDB, buscando parceria, buscando federação, buscando fusão”, afirmou.

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