"Muita gente quer ver a gente brigando", diz Fernando Filho sobre disputa de futura federação
Deputado afirma que divergências sobre apoio a João e Raquel não impedem força da União Progressista
O deputado federal Fernando Filho (União Brasil) afirmou, nesta segunda-feira (11), que há interesse externo em provocar atritos entre PP e União Brasil, partidos que vão compor a futura federação União Progressista.
“Muita gente quer ver a gente brigando, mas estamos conversando desde abril e mantendo um diálogo respeitoso”, disse, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.
A federação, que deve ser oficializada no próximo dia 19, terá o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) como presidente em Pernambuco. O principal impasse local envolve o apoio ao governo do estado em 2026: o União Brasil defende a candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB), enquanto o PP articula pela reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD).
“Nós combinamos de forma legítima que cada um vai defender seu projeto. Ele defende um, eu defendo outro, e vamos usar os argumentos para tomar a decisão no momento apropriado”, afirmou Fernando Filho.
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Senado
A disputa também passa pela vaga ao Senado Federal. Fernando Filho disse que, caso a federação defina por consenso apenas um nome, apoiará Eduardo da Fonte. “Se eu não for o vitorioso, certamente votarei nele, caso seja candidato ao Senado”, declarou.
Porém, ele não descarta que cada partido lance seu próprio concorrente. Pelo União Brasil, o nome cotado é Miguel Coelho, presidente da sigla no estado e possível integrante de uma chapa encabeçada por João Campos.
“Se eu for o vitorioso, vou trabalhar para que a federação apoie meu candidato”, completou.
O deputado destacou que divergências desse tipo não são exclusividade de Pernambuco. “Não é diferente aqui. Tem divergência na Paraíba, no Maranhão, em vários lugares. Isso é da política”, afirmou. Ele citou que, em outros estados, partidos da mesma federação apoiam candidatos diferentes para cargos majoritários.
Potencial
Apesar dos impasses, Fernando Filho aposta no potencial eleitoral da nova federação. “A União Progressista vai ser um instrumento muito poderoso em 2026. Não tenho a menor dúvida de que será responsável pela eleição da maior bancada federal e da maior bancada da Assembleia Legislativa”, disse.
Com a formação da União Progressista, PP e União Brasil buscam ampliar influência no Congresso Nacional e no cenário político de Pernambuco, consolidando alianças estratégicas para as eleições de 2026.
Confira a entrevista completa: