[Opinião] Sonho interrompido
Lamentavelmente, o quadro em que vive o país não é nada promissor e como os jovens são geralmente aqueles em que os desafios lhes são instigados, provavelmente estão dispostos ir à busca de conquistas. A trágica morte da minha conterrânea, a jovem Raynéia Gabrielle, na Nicarágua, Capital Manágua, como diz Ivan Lins e Vitor Martins em uma de suas tantas canções, leva-se a acreditar que ocorreu fruto da instabilidade política em que vive aquele país, que anda mergulhado em um governo que a muito deixou de ser democrático para se tornar tirânico. Sendo assim, o ocorrido com a jovem brasileira é o retrato de um país,
assim como o nosso, que não respeita os Direitos Humanos.
A saída da jovem do seu país de origem, segundo os relatos da imprensa foi fruto do desejo em realizar um sonho, que percebia que por aqui as possibilidades eram remotas. O fato de ter prendido um suspeito do crime, não trará de volta a vida da brasileira. Com certeza, nunca passou pela cabeça de sua genitora, sepultar sua filha. Nenhuma mãe se prepara para viver um momento assim. Que nos diga o relato bíblico com o rei Salomão com as duas mulheres que se diziam ser a mãe de um único garoto. Onde a verdadeira se propôs morrer em lugar da criança. Tenho certeza que a genitora de Raynéia se tivesse a oportunidade, faria o mesmo, para que o sonho da filha não fosse interrompido.
*Hely Ferreira é cientista político.



