Pedro Campos desconversa sobre relatoria da MP do tarifaço, mas diz estar "à disposição"
Deputado é cotado por aliados do governo, mas afirma não saber qual será a composição da comissão
Parlamentares aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articulam para que o deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) seja indicado relator da medida provisória (MP) que trata do chamado “tarifaço”. A proposta, assinada em 13 de agosto, prevê medidas de apoio a empresas brasileiras atingidas pela sobretaxa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos nacionais exportados.
Questionado sobre a possibilidade de assumir a relatoria, Pedro Campos desconversou, mas afirmou estar à disposição. “Hoje estou muito focado na relatoria da licença-paternidade, que foi uma relatoria que o presidente Hugo Motta, junto com a bancada das mulheres, me concedeu. Mas estou à disposição das pautas importantes não só para o governo, mas para o Brasil”, disse, ao chegar na Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP/UPE) para ciclo de debates promovido pelo PCdoB, nesta segunda-feira (25).
Leia Também
• Cidadania sela aliança com PSB e aposta em João Campos como liderança progressista
• João Campos manda recado para "os que torcem contra"
• Recife recebe debate com Tebet, Luciana Santos, Dirceu e Pedro Campos
O deputado destacou ainda que a decisão depende da formação da comissão especial. “Sobre a MP do tarifaço, não sei qual vai ser a composição da comissão. Mas o importante é que a gente trate os temas com tranquilidade e pensando no interesse do Brasil e do povo brasileiro”.
Articulação
Nos bastidores, a escolha do relator é tratada como estratégica. Segundo a Agência O Globo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem defendido que o nome seja de perfil mais próximo ao centro político, sem alinhamento direto ao governo ou à oposição.
A medida provisória foi apresentada pelo governo Lula como forma de proteger setores estratégicos diante da sobretaxa norte-americana. O pacote inclui linhas de crédito subsidiadas e compras governamentais, na tentativa de reduzir os impactos da taxação sobre a indústria nacional.



