[Podcast] 'Portas abertas' do PSOL para Marília: 'não tem decisão de cima pra baixo', diz Juliano
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, em entrevista à Rádio Folha (96,7), nesta sexta-feira (27), deixou aberta a possibilidade da deputada federal Marília Arraes (PT) ser abrigada pelo partido, caso deseje se candidatar ao Recife em 2020. Nas eleições internas do PT, a deputada foi derrotada pelo grupo do senador Humberto Costa e deve perder espaço em suas pretensões à PCR.
"Conheço a Marília, estive com ela. Chegamos a conversar quando a crise da relação com o PSB começou a se deteriorar. Marília é um nome extraordinário. Um nome importante da esquerda de Pernambuco. O PSOL estaria de portas abertas para recebê-la. É uma figura muito respeitável que tem cumprido um papel importante. Se ela decidisse em algum momento vir para o PSOl, nós a receberíamos de braços abertos", afirmou Juliano, destacando que isso não significa um assédio a um quadro de outro partido. "Não quero com isso, de maneira nenhuma, desrespeitar o debate interno do PT", disse.
Juliano Medeiros destacou nomes fortes que poderiam ser lançados pela legenda em 2020, a exemplo do ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago, do vereador Ivan Moraes, da ex-candidata da legenda ao Governo do Estado Dani Portela e do mandato coletivo das Juntas. "Pernambuco é um estado muito importante no arranjo nacional e estamos acompanhando com muita atenção. Mas a direção nacional não costuma intervir na direção nos estados. O PSOL não tem decisão de cima pra baixo, isso não existe", ponderou, numa clara referência ao acordo do PT que rifou a candidatura de Marília ao Plaácio do Campo das Princesas nas últimas eleições.
Em relação a recente polêmica envolvendo o mandato das Juntas na Alepe, em que alguns parlamentares questionam a participação das cinco codeputadas nas sessões plenárias e comissões, Juliano acredita que seja um tipo de retaliação à proposta trazida por elas. "O mandato das juntas é uma novidade por isso incomoda tanto as velhas elites", afirmou.
"Os mandatos coletivos são inovações e é natural que haja estranhamento. Tudo pode ser resolvido no diálogo e no respeito. O que não pode haver é uma retirada quase de que forçada de uma das nossas codeputadas em uma comissão", criticou.
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