Porto de Suape tem nova área de fundeio, que beneficia pesca artesanal
“A grande importância para nós, pescadores, na nova limitação do fundeio, é que ele estava estabelecido em locais muito ricos para captura de peixe, lagosta e molusco (como polvo). A mudança vai aumentar o espaço para a gente pescar”, explica Ednaldo Rodrigues de Freitas, uma das lideranças da Associação de Pescadores e Pescadoras Artesanais em Atividade no Cabo de Santo Agostinho.
O diretor de Gestão Portuária de Suape, Paulo Coimbra, complementa: “Sabemos da importância de preservar a pesca artesanal para a sustentabilidade na região e trabalhamos em conjunto para definir uma área que atendesse aos anseios dos pescadores e às necessidades do porto. Toda a comunidade pesqueira foi convidada a participar da discussão”.
De 2012 a 2019, o Porto de Suape registrou uma média de nove navios fundeados por dia. O número de atracações nos píeres e cais do porto, em 2019, chegou a 1.402. Como os fundeadouros estão dentro da poligonal do Porto Organizado, a fiscalização da correta utilização cabe à Autoridade Portuária, que pode estabelecer sanções em caso de descumprimento.
Com o ordenamento, a primeira e maior das três áreas é o fundeadouro 1, que possui 1.172 hectares destinados a abrigar navios com até 14,5 metros de calado máximo (distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha do navio). A segunda área, o fundeadouro 2, tem 583 hectares e destina-se a embarcações com calado máximo entre 14,5 metros e 17,3 metros. Já a terceira área possui 78 hectares reservados para navios em quarentena, que precisem, por algum motivo, ficar afastados dos demais.



