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“Qualquer decisão será publicizada por mim”, diz Raquel Lyra sobre rumores de mudança para o PSD

Governadora de Pernambuco mantém cautela sobre filiação e reforça papel do PSDB em sua trajetória

Governadora de Pernambuco Raquel LyraGovernadora de Pernambuco Raquel Lyra - Miva Filho/Secom

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), respondeu nesta segunda-feira (4) aos rumores de que poderia deixar o PSDB para se filiar ao PSD, partido que integra a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em conversa com a imprensa, Raquel destacou que qualquer decisão será publicizada por ela, sem antecipar uma posição oficial.

A possibilidade de mudança partidária da governadora ganhou destaque nas últimas semanas e vem sendo discutida entre seus aliados, que apontam a proximidade com o PSD como um movimento estratégico para fortalecer sua gestão. "Existem especulações nos jornais, mas não fiz nenhum anúncio", disse Raquel, reforçando que ainda não tomou uma decisão definitiva.

Raquel enfatizou a importância do PSDB em sua carreira e mencionou os recentes resultados da legenda em Pernambuco, onde o partido se consolidou como a sigla com maior número de prefeitos. "Acabamos de fazer o PSDB o partido com mais prefeitos no Estado, e sou grata por tudo o que construí até aqui", ressaltou a governadora.

Apesar de toda a movimentação política indicar que ela se filiará ao PSD, a chefe do Executivo estadual afirmou ter recebido convites de outras legendas, reforçando cautela sobre qualquer mudança. "Recebi convite de diversos partidos, mas qualquer anúncio será feito por mim", acrescentou.

Estratégia 
A hipótese de uma migração para o PSD, presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, é vista como uma estratégia para fortalecer a governadora com vistas à reeleição em 2026. Com a mudança, Raquel teria mais acesso a recursos partidários e tempo de televisão, além de expandir sua base no Congresso.

Atualmente, o PSD possui 42 deputados federais e ocupa três ministérios no governo Lula, facilitando a articulação política com o Governo Federal.

Outro fator que contribui para o possível alinhamento com o PSD é o cenário local, no qual o presidente Lula teve ampla maioria nas eleições de 2022, reforçando a importância de uma aliança federal para Pernambuco.

Caso se confirme a candidatura de João Campos (PSB), prefeito do Recife, a coalizão com o PSD poderia garantir à governadora uma base mais sólida em uma eventual disputa estadual.

Foco 
Apesar das especulações sobre uma mudança de posicionamento, Raquel tem adotado uma postura cautelosa e afirma que o foco atual de sua administração é o desenvolvimento do Estado. "Não disputo eleição este ano. Vamos trabalhar para que o Estado cresça e volte a ser líder no Nordeste", afirmou.

Em relação à parceria com o PSD, a governadora reforçou que o partido tem colaborado com sua gestão em Pernambuco, mas destacou que qualquer decisão será tomada com cautela. “Conversei com diversos partidos, incluindo o PSD, que tem sido um grande parceiro na gestão estadual. Nosso conjunto político está crescendo e se fortalecendo”, disse Raquel.

Próximos passos
Fontes do Palácio do Campo das Princesas indicam que a governadora deve reunir sua base aliada esta semana para discutir pautas legislativas, mas não confirmaram se o encontro incluirá uma declaração formal sobre sua filiação.

No entanto, o presidente estadual do PSD, ministro André de Paula, já manifestou o desejo de contar com Raquel na sigla, um apoio que pode ser determinante para sua decisão final.

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