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Raquel Lyra não vai solicitar apoio da Força Nacional para o Cabo

Governadora ressaltou que o estado tem condições de enfrentar a criminalidade

Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, em evento no Quartel da Polícia Militar, no DerbyGovernadora de Pernambuco, Raquel Lyra, em evento no Quartel da Polícia Militar, no Derby - Janaina Pepeu/Secom

A governadora Raquel Lyra (PSD) não deve encaminhar ao Governo Federal o pedido de intervenção da Força Nacional no Cabo de Santo Agostinho. A proposta foi apresentada pelo prefeito do município Lula Cabral (SD) na última quarta-feira (25). 

Em coletiva de imprensa após o lançamento do programa Nova História, no Palácio do Campo das Princesas, nesta quinta-feira (26), Raquel Lyra destacou os bons números do programa Juntos pela Segurança e afirmou que não vai encaminhar o pedido.

“Temos feito um trabalho na Secretaria de Defesa Social e estamos seguros do caminho traçado. A estratégia está gerando resultado, preservando vidas e garantindo mais segurança para a população. Temos a absoluta condição de enfrentar a criminalidade, então, não vamos encaminhar ao Governo Federal o pedido de Força Nacional”, declarou a governadora.

Mesmo ressaltando o avanço na segurança pública, a gestora reconheceu a importância de promover ainda mais ações na área. Raquel Lyra revelou que, na conversa com o prefeito Lula Cabral, mostrou que Pernambuco está reduzindo os números de crimes contra o patrimônio e de homicídios com o mesmo efetivo de 20 anos atrás. 

“Meu diálogo com o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, inclusive, mostrando os número deste ano, é que o Governo de Pernambuco, nossas polícias estão prontas para enfrentar a criminalidade, como a gente vem fazendo. Agora, do jeito certo, sabendo que não tem solução fácil para problema difícil”, enfatizou.

Contestação 

Após a governadora Raquel Lyra (PSD) afirmar que não vai encaminhar ao Governo Federal o pedido de reforço da Força Nacional para o Cabo de Santo Agostinho, o prefeito Lula Cabral (SD) reagiu, contestando à decisão. Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira (26), o gestor classificou a resposta como “surpreendente e preocupante”, alegando que a situação da segurança pública no município exige uma intervenção mais robusta.

Lula Cabral argumenta que a realidade vivida no Cabo de Santo Agostinho está distante das estatísticas apresentadas. “A justificativa apresentada – de que a Polícia de Pernambuco tem plenas condições de conter a violência e de que os números estão melhorando – não reflete a dura realidade enfrentada pela população do Cabo”, diz o prefeito. 

De acordo com ele, o pedido de envio da Força Nacional não representa uma desqualificação das polícias estaduais, mas um apelo diante da gravidade do cenário local. “Não estamos diante de uma crise pontual, mas sim de uma situação alarmante que exige respostas urgentes e medidas excepcionais”, reforçou.

Mesmo com o posicionamento do Governo do Estado, o prefeito afirma que seguirá cobrando providências e ações imediatas. “A população do Cabo precisa de segurança agora – não pode esperar por estatísticas que não refletem o que acontece nas ruas.”

A resposta pública amplia o debate sobre as estratégias adotadas para o enfrentamento da violência no estado, em especial nas áreas metropolitanas. Até o momento, a Secretaria de Defesa Social não comentou diretamente a reação do gestor municipal.

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