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Recife é considerada a primeira capital do Brasil a combater a arquitetura hostil

Prefeito João Campos sancionou nesta sexta (16) projeto que proíbe o uso deste tipo de arquitetura

Foto: Assessoria

Recife é a primeira capital do Brasil a ter uma lei contra a arquitetura hostil. A Lei Padre Julio Lancellotti, proposta pela vereadora Liana Cirne (PT), foi sancionada nesta sexta-feira (16) pelo prefeito da capital pernambucana, João Campos. A lei homenageia o Padre Julio, da paróquida de São Miguel Arcanjo, em São Paulo, por sua trajetória na luta contra a aporofobia (aversão aos pobres) e defesa da população em situação de rua.

Padre Júlio Lancellotti virou símbolo da luta contra a arquitetura hostil quando, a marretadas, derrubou paralelepípedos pontiagudos colocados sob um viaduto em São Paulo para evitar que famílias em situação de rua buscassem abrigo embaixo do viaduto.

“É uma atitude de aversão aos pobres. Eles querem que essas pessoas, consideradas indesejadas por um grupo da sociedade, sejam afastadas da cidade. Mas agora, essa prática é proibida no Recife. Sermos a primeira capital do Brasil a combater a arquitetura hostil nos enche de orgulho”, explicou a vereadora Liana Cirne.

O prefeito João Campos destaca que a lei chega para integrar a política de atenção à população no município. “Somos uma cidade acolhedora, e agora temos a salvaguarda jurídica para que a arquitetura do Recife demonstre esse sentimento. Essa medida é mais um avanço na defesa da população de rua, somando-se à Política Municipal de Atenção Integral à População em Situação de Rua”, destacou João Campos. 
  
Homenageado pela lei, que leva seu nome, o padre Júlio Lancellotti participou da cerimônia de sanção da lei por chamada. Na ocasião ele agradeceu a iniciativa e destacou a sua importância para o País. “O Recife é a primeira capital brasileira a ter uma lei como essa. E isso é um exemplo para o Brasil”, afirmou.

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