Sáb, 06 de Dezembro

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Simão Durando articula mobilização contra taxação de frutas brasileiras pelos EUA

Prefeito de Petrolina se reúne com produtores rurais e alerta para risco de prejuízo bilionário

Simão Durando (UB) se reuniu com produtores rurais do Vale do São Franscisco para discutir medidas que reduzam os impactos causados pela taxação de 50% imposta pelos EUA as importações brasileirasSimão Durando (UB) se reuniu com produtores rurais do Vale do São Franscisco para discutir medidas que reduzam os impactos causados pela taxação de 50% imposta pelos EUA as importações brasileiras - Divulgação

Diante da ameaça de taxação de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos às exportações brasileiras de frutas, o prefeito de Petrolina, Simão Durando (UB), se reuniu nesta quarta-feira (23) com representantes do Sindicato dos Produtores Rurais do município.

O encontro teve como foco os impactos da medida sobre a economia da região do Vale do São Francisco, responsável por mais de 90% das exportações nacionais de uva e manga.

Reconhecida internacionalmente, a fruticultura irrigada da região movimentou mais de R$ 4 bilhões em 2023. A estimativa para 2025 era alcançar os R$ 5 bilhões, mas o novo cenário pode comprometer o desempenho. Segundo os produtores, cargas de 50 mil toneladas de uvas e mangas estavam prontas para embarque aos Estados Unidos em agosto — o que representa quase meio bilhão de reais em risco de prejuízo.

Articulação 
O prefeito, que também ocupa o cargo de secretário de fruticultura da Frente Nacional dos Prefeitos, foi acionado para intermediar uma articulação com lideranças estaduais e nacionais. A intenção é evitar a aplicação da tarifa e garantir a continuidade dos embarques.

Entre as sugestões levadas ao gestor, estão a negociação de volumes prévios com taxas mantidas até o fim do ano ou a definição urgente de cotas de exportação.

Durante o encontro, Simão Durando destacou a gravidade da situação.

“O Vale do São Francisco alimenta o mundo com frutas de qualidade e gera milhares de empregos diretos e indiretos. Não podemos aceitar que produtores sejam penalizados com taxas injustas que ameaçam a sobrevivência do setor. Vamos unir forças e lutar para manter nossa produção forte, competitiva e valorizada”, afirmou.

Atualmente, a fruticultura do Vale do São Francisco é responsável por cerca de 120 mil postos de trabalho na região. Os mercados mais relevantes são os Estados Unidos e países da Europa, onde os consumidores exigem altos padrões de qualidade e regularidade nos envios.

Simão se comprometeu a levar a pauta a prefeitos de outras cidades produtoras, a parlamentares e à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD). A avaliação é de que o momento exige ação conjunta para evitar perdas econômicas e impactos no abastecimento.

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