Tadeu diz trabalhar para trazer o PSB para o seu "leito histórico"
Uma semana depois de sido surpreendido pela ação do Palácio do Planalto na eleição da liderança do PSB na Câmara dos Deputados, na qual era favorito e acabou derrotado, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) disse ter ficado incomodado com a postura do Governo Federal na disputa. Por outro lado, o socialista disse que foi importante para trazer o PSB “para o seu leito histórico”.
Afirmando que o embate demonstrou que a bancada não concorda com o alinhamento imediato com o Governo Temer, Tadeu, diplomaticamente, chamou para si a responsabilidade pela derrota.
“Apesar de termos sofrido uma derrota, essa derrota é do deputado Tadeu Alencar, nós fomos vencidos nessa posição, mas é uma vitória de uma posição política cada vez mais consistente e crescente no partido, de que o PSB precisa ter essa autonomia contributiva para analisar as questões de interesse do país e não apenas para dar suporte a qualquer partido”, afirmou o parlamentar à Rádio Folha FM, 96,7.
Tadeu Alencar também evitou bater de frente com o colega de bancada João Fernando Coutinho (PSB-PE), que votou na adversária do deputado, Teresa Cristina (PSB-MS), e com o senador Fernando Bezerra Coelho (PE), que articulou a candidatura da nova líder.
“Somos da política. Tanto que segui a indicação do partido e votei em João Fernando para a 3ª Secretaria (o deputado foi derrotado). Já o senador é militante histórico do PSB. Nunca tivemos reserva para a ida de Fernando Filho para o ministério, nos empenhamos na eleição de Miguel Coelho para prefeito, apesar de haver resistências do partido em Petrolina ”, ponderou Tadeu, acrescentado que o PSB tem que forte como todo. “Não há PSB de Pernambuco forte se o de São Paulo ou do Acre não forem.”
Sobre 2018, Tadeu Alencar adotou cautela, afirma que é muito cedo para discutir eleição, principalmente num momento de crise, mas adiantou que o PMDB é importante para a aliança.
“Paulo Câmara tem feito uma grande administração, ajustando as contas do Estado. O momento é de trabalho. Perto das eleições, ele saberá fazer como Eduardo Campos fez para compor a melhor chapa. Agora é pés no chão, olhos no futuro e as mãos na realidade, afirmou Tadeu Alencar.