“Vamos tratar do Recife no tempo certo”, diz Fernando Dueire
“Independentemente de posições políticas, a bancada está à disposição para ajudar”, reforça
Com a missão de cumprir uma interinidade de Jarbas Vasconcelos, o senador Fernando Dueire (MDB) foca seus esforços na Casa Alta para atrair investimentos federais para o Estado. Apesar de enfatizar que o MDB não faz parte do Governo Raquel, o emedebista diz estar à disposição para o diálogo, mas pondera que, pelo momento de adaptação da gestão, a procura vem partindo mais da bancada. Sobre a relação com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), ele reforça o bom vínculo, mas diz que só vai tratar sobre eleição em 2024.
Brasília
Estou nesses últimos quatros meses cumprindo uma interinidade em razão de licença médica do senador Jarbas Vasconcelos. O que posso dizer é que tem sido um período produtivo, em que tenho oferecido o melhor de mim. Estou voltado à implantação da Escola de Sargentos do Exército, com o ministro José Mucio, e atuando junto ao ministro Renan Filho para recuperação da malha rodoviária federal que corta o estado. Outra pauta prioritária que estamos encaminhando é a Transnordestina. Finalmente, tenho conversado frequentemente com o Ministro das Cidades, Jader Filho, sobre as alternativas para recuperação do metrô do Recife.
MDB e Raquel
Nós votamos na governadora no segundo turno das eleições. No primeiro turno, nós votamos na Frente Popular e, no segundo turno, nós tivemos a opção de votar nela. Quando nós fizemos essa opção, fizemos de forma muito consciente. Entendendo que entre ela e a sua adversária, ela seria a melhor opção, mas nós não estamos participando do governo dela. E isso não quer dizer que a gente não esteja à disposição dela e da equipe dela para lutar pelos projetos que estão em Pernambuco. A gente está tentando buscar um caminho para ter um efeito combinado, um efeito virtuoso para o Estado.
Comunicação com Raquel
Estamos fazendo um esforço para ter resultados da ação federal em Pernambuco. Mas, veja, é uma ação que nós estamos fazendo, indo buscar secretários, membros da equipe da governadora para que eles possam nos subsidiar com detalhes e informações que possam contribuir. Eu entendo como um processo natural. Ela está no início do governo dela. No Nordeste, os governos todos são de continuidade. Pernambuco teve uma mudança e ela faz muita questão de registrar isso. É natural que, em razão disso, ela esteja tentando criar uma massa crítica em relação aos desafios que tem para, em seguida, intensificar essas relações com a bancada e, por conseguinte, com os 3 senadores do Estado. Eu ofereço a ela um olhar de compreensão em relação a essa realidade. Eu acredito que a governadora, formando essa massa crítica, certamente, vai ter um elenco de interesses que ela vai buscar o apoio da bancada. É o que eu creio, mas isso é uma expectativa mais para o futuro. Agora, tem sido mais a gente procurando (a gestão), eu tenho procurado os secretários para tentar ver projetos. Agora, isso obviamente não pude durar, ela mais na frente tem que se soltar mais um pouco e buscar a ajuda da representação do Estado. Independentemente de posições políticas, a bancada está à disposição para ajudar.
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MDB e João Campos
Com relação ao Recife, o MDB agregou valor à gestão a partir do momento em que ficamos responsáveis pela área de segurança cidadã, que é um projeto que não só deu muito certo aqui como também vem sendo copiado, mas só vamos tratar da questão do Recife no tempo certo. O momento é de trabalhar. Qualquer coisa fora desse roteiro é um insulto. Tratar de eleição, em especial no Recife, é algo que vamos abordar com a direção nacional do partido, que tem uma estratégia nacional. Estamos muito afinados com a direção nacional e vamos ter uma conversa para chegar a um denominador comum. Nosso relacionamento com João Campos é o melhor possível, mas só vamos tratar de eleição na hora oportuna.
MDB e Lula
Minha posição política e pessoal, que tem muita identidade com a de Jarbas, é de independência. Nós não temos, de forma alguma, qualquer restrição em votar matérias que são importantes para o País. Mas nós também temos um pensamento próprio, que vai ao encontro do que foi sempre a postura de Jarbas. A gente não perde a ideia de ter um olhar crítico a ideias que não sejam boas para o País.



