Vice-prefeito do Recife assume cada vez mais o papel de gestor, critica o estado e vai administrar Túnel da Abolição
Victor Marques adota nova postura e se compromete a resolver um problema crônico na cidade
O vice-prefeito do Recife e secretário de Infraestrutura, Victor Marques (PCdoB), anunciou pelas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (24), que a Prefeitura do Recife, por via judicial, vai passar a gerenciar o Túnel da Abolição, na Madalena, bairro da Zona Oeste da cidade.
Desde que foi inaugurado, em 2015, o túnel é administrado pelo governo de Pernambuco. Foi a primeira medida administrativa divulgada por Victor Marques sem a presença do prefeito João Campos, mesmo ele estando na cidade.
"Não se trata de apontar culpados, mas de tomar a iniciativa e entrar para resolver a questão. Primeiro, a gente vai fazer uma ação imediata para organizar a estrutura que já existe, e que sofre com a falta de cuidado. Em seguida, vamos contratar um projeto executivo e tirar do papel todas as obras necessárias para acabar de vez com o problema", assegurou.
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A iniciativa mostra a nova postura adotada pelo vice-prefeito, sucessor natural do prefeito João Campos (PSB), que deve disputar o governo de Pernambuco no próximo ano e vai ter de se afastar do cargo em abril de 2026.
Victor Marques sempre atuou nas articulações políticas e definição de projetos, mas até o fim da primeira gestão de João Campos, em 2024, sempre atuou mais nos bastidores, na condição de chefe de gabinete.
Bastidores
Desde que assumiu a condição de vice-prefeito, em janeiro deste ano, Victor Marques ganhou as ruas. Inicialmente circulando ao lado do prefeito João Campos, vistoriando obras e anunciando projetos e ordens de serviço.
Hoje o vice-prefeito faz agendas sozinhos em eventos institucionais e intensificou a presença nas comunidades. Na condição de gestor, anunciou sozinhho a primeira medida administrativa.
Interdição
O Túnel da Abolição alaga com frequência, mesmo em dias sem chuva. Na última vez, no dia 15 de setembro, acabou ficando interditado por dois dias seguidos.
"Se o estado não teve condições operacionais de cuidar, a prefeitura vai tomar essa iniciativa e vai dividir em dois caminhos que é o que a gente acredita que pode funcionar", declarou.
A primeira medida é imediata: organizar um mutirão para listar todos os problemas e apontar soluções. Em um segundo momento, a prefeitura vai elaborar um projeto executivo para resolver em definitivo os problemas de roubo de bombas, falta de energia e, principalmente, a interdição do local.
Ressarcimento
Também por meios judiciais, vai cobrar as despesas ao governo do estado. "A partir de agora, a gente, sob mediação judicial, fará esse cuidado destruído. Cobraremos todo efeito ao despezo que aconteça. O Recife não merece pagar sozinho", alertou.
Confira o vídeo:



