Como se preparar para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado
Especialista orienta candidatos sobre organização dos estudos e estratágias de prova
Previsto para o segundo semestre de 2025, o Concurso Nacional Unificado (CNU) contará com até 3.500 vagas para níveis médio e superior, distribuídas entre diversos órgãos federais.
O edital será único para todos os blocos temáticos, e a banca organizadora deve ser definida até abril, segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A primeira edição, realizada em 2024, teve 2,1 milhões de inscritos e ofertou 6.640 vagas
Com tantas áreas e cargos disponíveis, a preparação precisa ser estratégica desde o início. Para ajudar os candidatos, o especialista em concursos Wilson Garcia reuniu orientações que abrangem desde a escolha do cargo até o momento decisivo das provas. Segundo ele, o primeiro passo é não focar apenas nas matérias preferidas.
“O candidato deve verificar qual cargo deseja e conciliar o estudo de forma sistemática, dedicando 50% do tempo para cada tipo de conteúdo. Isso evita que ele estude só o que gosta”, afirmou Garcia.
Organização
Com blocos temáticos exigindo conteúdos distintos, é essencial manter constância nos estudos. Garcia reforça que o planejamento deve incluir até fins de semana e feriados.
“O candidato deve estudar todos os dias, dentro de sua rotina, organizando e marcando o que já estudou e revisou. Pode escolher um dia do mês para descansar, mas não pode ser displicente”, alertou.
Na hora de revisar, o equilíbrio é essencial. “Nem sempre será possível revisar tudo, mas os principais pontos ele não pode deixar de revisar”, completou.
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Simulados
Para lidar com o tempo apertado das provas objetivas, a dica é simples: treino.
“Ele deve fazer simulados para ver como está seu desempenho. Cada matéria deve ser cronometrada para que o candidato saiba quanto tempo gasta em média por questão”, recomendou Garcia.
A prática também ajuda a se adaptar ao estilo das provas. “É obrigatório resolver a prova anterior do CNU para identificar a linguagem da banca e onde tem mais dificuldade”, ressaltou.
Discursiva
A parte discursiva foi uma das mais temidas pelos candidatos na primeira edição. Para se preparar, Garcia orienta atenção ao edital e acompanhamento profissional.
“Cada bloco temático tem exigências diferentes, então o candidato deve seguir os comandos da banca e não fugir do tema”, explicou.
Quanto à estrutura do texto, há formas de melhorar o desempenho. “Os professores de redação ensinam conectivos e formas corretas de escrita que dão um ‘ar de texto profissional’”, afirmou.
Erros como fugir do tema, escrever pouco ou de forma desorganizada são prejudiciais. “Não pode escrever errado e nem fazer um texto bagunçado. Isso derruba a pontuação”, alertou.
Candidatos
Candidatos de nível médio também precisam treinar interpretação de texto e escrita. “Devem fazer questões da própria banca para pegar o estilo. E na redação, é essencial ter um professor que corrija os textos para que o candidato possa evoluir”, destacou Garcia.
Os candidatos que concorrem às vagas reservadas devem estar atentos aos procedimentos previstos em edital.
“É importante acompanhar as regras e buscar dicas com quem já passou pelo processo. Isso ajuda a evitar erros formais que podem eliminar o candidato”, aconselhou.
Curso de Formação
Alguns cargos exigem curso de formação, como os de Analista de Infraestrutura (AIE), Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT) e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG). “Essa etapa deve ser levada a sério. É eliminatória e exige pontualidade, dedicação e desempenho nas provas”, afirmou.
Garcia finaliza lembrando que o sucesso no CNU depende mais de consistência do que de intensidade. “O importante é manter uma rotina disciplinada e estudar de forma consciente, sem deixar lacunas no conteúdo.”



