Código de conduta resgata norma rejeitada no STF; confira Cláudio Humberto desta segunda (22)
“Temos o dever moral de suspender o recesso e sequenciar CPI’s”
Senador Eduardo Girão (Novo-CE) ao citar escândalos do INSS e do Banco Master
Código de conduta resgata norma rejeitada no STF
É perto de zero a chance de mudar alguma coisa no Supremo Tribunal Federal o tal código de conduta de ministros que a esquerda trombeteou ao protocolar o projeto de lei sobre o tema. Boa parte do texto já está em vigor. Eventual mudança é até sobre atuação de ministros em causas que têm parentes atuando na defesa. Esta regra já existia, mas caiu após decisão do próprio Supremo. A votação, longe do escrutínio público, foi no plenário virtual e terminou com folga pela liberação: 7 votos a 4.
Meu pirão
A norma caiu no STF em agosto de 2023. Dos 11 ministros à época, sete tinham parentes e cônjuges que trabalham em escritórios de advocacia.
Só exemplos
Vigorando, a norma impediria, por exemplo, Alexandre de Moraes de atuar no processo do Banco Master, que contratou a esposa do ministro.
Montada na grana
O contrato do escritório Barci de Moraes Advogados, comandado por Viviane Barci de Moraes, esposa de Moraes, totalizava R$129 milhões.
MP também
Iniciativa da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) é mais dura. Obriga a criação do código de conduta e ainda estende para o Ministério Público.
Greve de petroleiros ganha ares de sabotagem
À boca miúda, cresce na Petrobras a certeza de sabotagem no vazamento de gás na plataforma P-40, na Bacia dos Campos, na quinta (18). A estrutura opera com equipe de contingência, já que os petroleiros estão em greve. Um dos chefões da paralisação é o pelego Deyvid Bacelar, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Mesmo com a greve prejudicando a Petrobras, orgulho dos brasileiros, Lula mantém o sindicalista com cadeira cativa no Conselhão.
Tática de guerrilha
O suspeitíssimo vazamento, raridade no volume registrado, deflagrou shutdown da plataforma, ou seja, parou tudo.
Dupla face
Enquanto fala cobras e lagartos da Petrobras, na “TvPT”, Bacelar é só elogios para a petroleira, sempre associando Lula a benfeitorias. Aham...
Recesso antecipado
Os pedidos dos grevistas são vazios como a paralisação e trazem baboseiras como “reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano”.
Wolney teve sorte
Lula queria na Previdência Wolney Queiroz (ou “o filho do Zé Queiroz”, seu amigo) desde o início, mas Carlos Lupi reagiu: “Seria ruim, sou o presidente do PDT”. Lula fez de Queiroz o secretário-executivo e Lupi o isolou, não tinha papel algum. Os amigos dizem que isso salvou Wolney.
Governo investigado
No total, 175 deputados e 29 senadores (somando 204) prorrogaram a CPMI do INSS por 120 dias. O Regimento Interno do Senado permite a prorrogação mediante assinaturas de um terço dos senadores.
Uma ninharia
O agronegócio francês, que boicota o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, pouco representa no PIB da França, menos de 1,5%. Também não é um grande gerador de empregos, só aproximadamente 2%.
É o Planalto
Tem muita gente que desconfia que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), vai, na verdade, disputar uma vaga ao Senado. Ele nega e diz que vai mesmo disputar a Presidência da República.
Subiu
Enquanto Lula patina na avaliação positiva, até a Câmara conseguiu melhorar a imagem, de acordo com pesquisa Genial/Quaest. Subiu cinco pontos percentuais em dois meses e chegou a 20% em dezembro.
Bem na fita
Mauro Mendes (União Brasil) está bem na fita com o eleitor do Mato Grosso. O governador tem a gestão aprovada por 82% da população. O resultado foi registrado no último levantamento do Paraná Pesquisas.
Deu ruim
O último levantamento do Paraná Pesquisas traz más notícias para Carlos Fávaro. O ministro da Agricultura de Lula não seria eleito para o Senado por Mato Grosso em nenhum cenário apurado pelo instituto.
Agro cresce
O agronegócio resiste bravamente e alavancou em 50% as exportações brasileiras de carne bovina em novembro deste ano, quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Exportou US$ 1,874 bilhão.
Pergunta no Planalto
Quando é o fim do recesso do governo Lula?
PODER SEM PUDOR
Nobre malvadeza
Os senadores discutiam o projeto de recriação da Sudene, na Comissão de Desenvolvimento Regional, quando o tucano Tasso Jereissati (CE) passou a palavra “ao senador Antônio Carlos de Magalhães”. Explicou que a preposição foi usada, no passado, para designar nobres, “e não há político mais nobre que ACM”. O velho babalaô falou e depois provocou risadas:” Agora devolvo a palavra ao senador Tasso de Jereissati...”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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