Sex, 05 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
FMOTORS

Como quitar débitos veiculares com desconto e evitar prejuízos

Especialista explica como regularizar tributos e financiamentos com economia e segurança

É preciso incluir as despesas do carro no planejamento financeiro é essencial para evitar prejuízos e proteger o patrimônioÉ preciso incluir as despesas do carro no planejamento financeiro é essencial para evitar prejuízos e proteger o patrimônio - Freepik

Manter um carro em casa é sinônimo de liberdade e praticidade, mas também de compromissos financeiros frequentes. Segundo a pesquisa “A Relação do Brasileiro com o Automóvel (2024)”, do Serasa em parceria com a Opinion Box, 67% das famílias brasileiras consideram os custos com o veículo entre os três maiores gastos do ano. E isso antes mesmo de somar tributos, licenciamento, multas ou parcelas de financiamento.

Riscos de atrasar contas
Renata Dorico, Gerente de Cobrança da Recovery, plataforma especialista em recuperação de crédito no Brasil, alerta que o carro não deve ser visto apenas como um gasto quando algo quebra. Incluir essas despesas no planejamento financeiro é essencial para evitar prejuízos e proteger seu patrimônio.

“Tributos, licenciamento, multas e parcelas do financiamento são obrigações legais que exigem atenção. Negligenciar isso pode acarretar multas extras, juros altos e até apreensão do veículo”, explica a gerente.

Saídas acessíveis para inadimplentes
A boa notícia é que dá para regularizar os débitos com desconto. Muitos estados brasileiros oferecem programas de anistia fiscal ou renegociação, que aliviam juros e multas e permitem parcelamento digital via Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

No âmbito federal, a Receita Federal abriu programas de “transação por adesão” que permitem renegociar dívidas tributárias em contencioso administrativo, com redução de até 70% nos juros e multas e parcelamento em até 145 meses, conforme o perfil do contribuinte

Outros caminhos de regularização
Além disso, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) divulgou cronogramas para adesão com descontos de até 65% e parcelamento em até 60 meses, prazo válido até 28 de novembro de 2025.

Identifique sinais
Fique atento aos sinais de alerta, como: parcelas do financiamento que consomem mais de 30% da renda; atrasos recorrentes superiores a 90 dias; e uso de cheque especial ou cartão para cobrir o financiamento.

Se notar esses sinais, a dica é negociar assim que possível. Atrasar só encarece e pode comprometer o carro como garantia.

Como renegociar?
Antes de tudo é preciso fazer um balanço entre renda e gastos. O segundo passo é consultar se se há pendências. É possível usar o site do Serasa ou do próprio Recovery, por exemplo, para verificar financiamentos, ver valores e possíveis descontos.

“Há casos com até 99% de abatimento, inclusive com parcelamento disponível”, destaca Renata.

Também é possível consultar os programas estaduais e federais vigentes: Detran, Receita Federal e PGFN.

Em seguida é tentar negociar priorizando redução de juros, evitando aumentar o prazo só por diminuir parcelas.

Vale lembrar que é importante documentar todo o processo, seja protocolos, contratos e até comprovantes que possam garantir os direitos em caso de alguma divergência.

Evite dor de cabeça
Negligenciar débitos do carro pode gerar perdas financeiras e até apreensão do veículo. O essencial é não deixar para resolver em cima da hora. Os programas de desconto têm prazos determinados e, muitas vezes, a procura se intensifica nas últimas semanas, gerando filas e instabilidade nos sistemas.

“Organizar-se para pagar ou renegociar os débitos do carro é fundamental para quem busca uma vida financeira mais saudável e menos vulnerável a imprevistos”, complementa a especialista.

Veja também

Newsletter