Confira 7 dicas para proteger o carro do combustível adulterado
Descubra os sintomas mais comuns e saiba o que fazer para evitar prejuízos no motor
O combustível adulterado é um velho conhecido dos motoristas brasileiros. Mesmo com fiscalização e normas mais rígidas, ainda existem postos que oferecem gasolina, etanol ou diesel fora dos padrões exigidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O resultado pode ir muito além de um simples engasgo, como falhas graves no motor, aumento no consumo e até risco de quebra completa do propulsor.
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Segundo a Oficina Brasil, referência em informação técnica para reparadores automotivos, identificar os sinais de adulteração logo no início é a melhor forma de evitar prejuízos.
“A prevenção é sempre a melhor solução. Abasteça apenas em locais de confiança e mantenha a manutenção preventiva em dia”, alerta Victor Araujo Pedrão, Analista Técnico
Automotivo da entidade.
Confira os principais sinais de alerta que indicam combustível de má qualidade:
1. Engasgos, falhas e perda de potência - os sintomas mais perceptíveis aparecem no funcionamento do motor. Se o carro começa a engasgar, dar trancos, vibrar de forma anormal ou perder potência logo após o abastecimento, desconfie. Além disso, o consumo tende a aumentar de forma significativa, já que a combustão fica ineficiente.
2. Sintomas semelhantes a outras falhas - um combustível adulterado pode simular defeitos em sensores, bicos injetores ou sistema de ignição. Porém, quando os problemas surgem imediatamente depois de encher o tanque, a ligação direta com o combustível é quase certa.
3. Perda imediata de desempenho - combustíveis misturados com solventes ou até mesmo água atrapalham a combustão. Isso pode gerar perda brusca de potência, falhas sucessivas e até dificuldade para dar partida.
4. Problemas variam conforme o tipo de combustível - na gasolina, os sintomas mais comuns são falhas de combustão, ruídos estranhos no motor e acionamento da luz de injeção. Já no diesel, a situação é ainda mais crítica: excesso de fumaça preta no escapamento, dificuldades de partida e risco elevado de danos nos bicos injetores e na bomba de combustível.
5. Luz de injeção acesa - a presença de componentes fora do padrão altera a leitura dos sensores e afeta o processo de injeção. O módulo eletrônico, então, aciona a temida luz de injeção no painel, indicando que algo está errado.
6. Risco de danos sérios ao motor - se o motorista insistir em rodar com combustível adulterado, os prejuízos podem ser altos: calço hidráulico, travamento de injetores, falha
completa da bomba de combustível e até quebra do motor. Nesses casos, a conta do reparo é pesada e pode ultrapassar facilmente o valor de mercado de carros mais antigos.
7. O que fazer ao identificar adulteração - o primeiro passo é procurar uma oficina de confiança. O mecânico poderá drenar o tanque, limpar o sistema e os bicos injetores. Em
situações mais graves, pode ser necessária a substituição de peças danificadas. Embora alguns aditivos auxiliem na limpeza, eles jamais substituem o uso de combustível de procedência comprovada.
Como se prevenir
- Abasteça sempre em postos de confiança.
- Exija nota fiscal — ela será útil em caso de reclamações.
- Observe se o posto possui bandeira e fiscalização visível.
- Desconfie de preços muito abaixo do mercado.
O especialista ainda diz que rodar com combustível adulterado é colocar em risco não só o motor, mas também sua segurança.
“Os sinais podem começar discretos, mas evoluem rapidamente para problemas graves. Fique atento aos sintomas, faça revisões periódicas e abasteça apenas em locais de confiança. Assim, você protege seu carro, o bolso e garante uma experiência de condução sem sustos”, alerta.



