Governo federal barra aumento de imposto sobre pneus importados
Gecex rejeitou o pedido para elevar alíquota de 25% para 35%

Na 229ª reunião ordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), realizada em 23 de setembro, o governo federal negou o pedido da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) que buscava aumentar o imposto de importação de pneus para automóveis de passageiros de 25% para 35%.
A medida foi considerada uma vitória para milhões de brasileiros que dependem do carro para trabalhar, como taxistas, motoristas de aplicativo e entregadores.
Com a manutenção da alíquota atual, o impacto no bolso desses profissionais foi evitado.
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Segundo a Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip), que apresentou oposição ao pedido, a indústria nacional não atende com escala significativa a produção dos pneus populares mais procurados.
Esses modelos chegam quase exclusivamente via importação, garantindo mobilidade com preços mais acessíveis.
Para o presidente da Abidip, Ricardo Alípio da Costa, o reajuste teria efeito direto sobre a população.
“Se aprovado, o aumento da tarifa teria impacto direto no bolso da população, penalizando justamente quem mais depende do carro para trabalhar e gerar renda”, explica Ricardo.
Proteção contra alta injustificada
A Abidip também argumenta que a tentativa da Anip buscava abrir espaço para repasse de preços aos consumidores de veículos novos, já que as fabricantes concentram sua produção nos modelos que saem das montadoras, e não nos pneus mais vendidos no mercado popular.
Com a decisão do Gecex, prevaleceram os pontos levantados pela Abidip, mostrando que o governo considerou os impactos sociais e econômicos do aumento. A manutenção da alíquota protegeu consumidores de um custo extra na manutenção do carro.


