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Com apenas 1,43% de presença na bolsa de valores, pernambucanos demonstram perfil conservador

Estado apresenta um terreno a pavimentar para as consultoras de investimento

Bolsa de valoresBolsa de valores - Freepik

Pernambuco tem se mostrado um estado promissor para as consultorias de investimentos. Mesmo ocupando apenas 1,43% dos investidores no País de acordo com a B3, os pernambucanos têm se destacado no mercado financeiro com o interesse recente por aplicações, apresentando um terreno amplo a ser pavimentado por classes de investimento mais diversas e complexas. 

Para o sócio da Garoa Wealth Management, Carlos Muller, o perfil do investidor no Estado segue uma linha conservadora. Ele associa a característica a um problema que não se resume ao local, mas está presente em todo o País quando o assunto é investimento: a exposição a produtos mais tradicionais, como poupança e renda fixa. Além disso, o acesso à informação também é um impedimento para a diversificação dos ativos escolhidos.

Poupança

Uma pesquisa realizada pela Garoa mostrou que 40% dos investidores em Pernambuco optam pelo crédito privado corporativo, de renda fixa. Carlos justifica que a afinidade com o ativo vem grande parte da isenção do Imposto de Renda, proporcionada pelo investimento. De acordo com o sócio da investidora, o número da adesão também se deve aos bancos e corretoras, engajados em um trabalho forte de propagação desses produtos.

O tradicionalismo do investimento em Pernambuco também se dá pela forte preferência à boa e velha poupança. Dados da última análise realizada pelo Santander apresentaram Pernambuco figurando em quartou lugar no ranking de estados que mais faziam aplicações na poupança. Com a Taxa Selic em 14,25%, o ativo atualmente rende 0,5% ao mês.  

Para Muller, investir no CDB do banco com liquidez diária é um caminho mais vantajoso.

“Esse CDB, a pessoa vai receber 100% de CDI, que mesmo tirando imposto, vai dar uma liquidez maior que a poupança. Se for em bancos tradicionais, o risco dela é baixíssimo. Pensando no patamar atual de juros, ela tá tendo uns cinco, seis pontos a mais do que a poupança paga”.

Nacional 

No cenário nacional, o aumento de pessoas interessadas no mercado acionário tem aumentado ao longo dos anos. No final do ano passado, uma pesquisa da B3 mostrou o aumento de 7,5% nos últimos 12 meses. Ainda de acordo com a bolsa de valores brasileira, o valor do primeiro investimento ficou em R$ 107 para os homens e R$ 201 para as mulheres. 

Além disso, o acesso à informação também é um impedimento para a diversificação dos ativos escolhidos.“Percebemos um número de CPF na bolsa aumentando bastante, mas ainda é um universo muito pequeno. Então se a gente for pensar, talvez a fonte inicial seja um nível de informação ainda não tão profundo”, afirmou. 

 

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