Sáb, 06 de Dezembro

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Drop Service: modelo de negócio digital ganha força entre brasileiros em busca de renda e autonomia

Modelo conquista brasileiros com baixo investimento, alta lucratividade e operação 100% remota

Microempreendedor com tablet na mãoMicroempreendedor com tablet na mão - Freepik

A crescente busca por alternativas de geração de renda tem impulsionado a popularização de novos modelos de negócio digital no Brasil. O Drop Service se destaca como uma das opções mais atrativas para empreender com baixo investimento, alta lucratividade e sem necessidade de conhecimentos técnicos avançados.

O modelo Drop Service é uma tendência crescente no universo do empreendedorismo digital. Ele se inspira no conceito do Dropshipping (venda de produtos sem estoque), mas voltado para serviços. Ele funciona como uma espécie de “intermediação inteligente” de serviços digitais. Nele, o empreendedor vende serviços, como tráfego pago, gestão de redes sociais, design ou criação de sites,  mas terceiriza a execução para freelancers especializados. Dessa forma, é possível operar uma agência digital mesmo sem formação técnica na área.

“A grande vantagem desse modelo é que o empreendedor não precisa dominar a parte técnica para poder prestar o serviço. Ele precisa entender o básico para vender, então o foco é muito mais comercial do que operacional”, explica Felipe Pereira, especialista em marketing digital e sócio-fundador da empresa Revolução Digital, responsável pela estruturação e aceleração de mais de 600 agências Drop Service no Brasil e em outros 17 países.

Segundo Pereira, o modelo tem ganhado espaço principalmente após a pandemia, que acelerou a digitalização de empresas e expandiu a demanda por serviços online. Dados da McKinsey & Company, de 2023, mostram que a digitalização no Brasil avançou 5 anos em apenas 5 meses de pandemia. A tendência é de que o cenário da digitalização continue em alta.

Além disso, o relatório da Workana, plataforma de contratação de freelancers, indica que o número de freelancers cresceu 50% no Brasil entre 2020 e 2023. Grande parte desse crescimento está ligado à oferta de serviços digitais, o que amplia o ecossistema ideal para o funcionamento do modelo Drop Service.

“A gente viu uma explosão na procura por esse tipo de negócio. A escalabilidade, o baixo risco e a alta lucratividade são fatores que atraem muitos empreendedores que querem liberdade financeira e geográfica”, afirma Felipe Pereira.

O perfil de quem ingressa nesse mercado é diverso, mas tende a incluir profissionais com formação superior entre 25 e 50 anos. Muitos deles buscam transição de carreira ou um negócio paralelo ao emprego formal. “Temos casos de pessoas formadas em marketing, administração, publicidade, e até contadores. Muitos querem empreender em casa, tocar o próprio negócio e conquistar mais qualidade de vida”, relata o especialista.

Apesar de ser acessível, o Drop Service exige dedicação e postura empreendedora.

“Não é um modelo para quem busca dinheiro fácil ou renda passiva. É para quem está disposto a trabalhar, vender, prospectar clientes e gerenciar sua operação. Quem entra com a mentalidade certa costuma ter resultados já nos primeiros meses”, alerta Felipe.

 

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